22 de nov. de 2016

A Cama Compartilhada

Eu compartilho cama com os meus filhos. Isso surgiu ainda com Gianlucca, na necessidade física de descanso.

Gianlucca era um bebê (e depois uma criança) que pouco dormia. Negócio dele era sentir que alguém estava perto dele, presente. Ele é alguém que precisa de presença, é grudento. Eu amo (apesar de alguns momentos querer um pouco de individualidade, confesso).

Já deixei ele chorando no berço pra ver se dormia (e hoje sinto um enorme pesar por ter praticado isso com ele), acontece que quanto eu mais tentava, mais dava errado. Tem crianças que dormem bem sozinhas, outras não. Ele era (e é) do grupo que não. Sempre me apego ao fato que ele vai chegar na adolescência (em breve meu Jesus Cristinho) e não vai querer mais a mãe grudada nele.

Então que dado todo o trauma adquirido com Gianlucca, veio Giuseppe. Eu sempre pensei, e falei pra todo mundo, que eu já não dormia para um, dormir para dois seria moleza já que eu estaria acordada mesmo. No entanto fui decidida a compartilhar cama com Giuseppe.

Montei o berço do Gianlucca, comprei um colchão novo, no entanto em 12 meses Giuseppe nunca dormiu lá. Desde que saiu da barriga dorme comigo.

Isso facilitou (e ainda facilita) a amamentação. Não raro durmo com os peitos com fácil acesso, ali mesmo ele mama e ali mesmo ele larga, e eu continuo com a vida normal, pois no outro dia eu vou levantar antes das 5 da manhã. Apesar de ter grandes benefícios para ele, a cama compartilhada é pra mim vida. Eu preciso dormir e faço enquanto ele mama.

Eu super recomendo a cama compartilhada, mas ela precisa de algumas ações:

1 - Você precisa querer, não é algo que você fique brigando contra. Ou se entrega, ou não rola.
2 - Seu companheiro precisa estar nessa mesma vibe, afinal a cama é dos dois.
3 - você precisa adaptar a cama, pra evitar acidentes. Aqui em casa eu encostei a cama na parede, é esse lado que ele dorme.

A pergunta que não quer calar, e como fica a intimidade do casal? A verdade é que querem dizer, como fica a vida sexual, né não? Olha, a frequencia de relação sexual com um bebê em casa já é bem reduzida, devido os hormônios e o cansaço. Não é o lugar em si que diminui a frequência. Por aqui continuamos a fazer sexo, mas não  na cama, é só se reinventar.

No mais, seguimos firmes e fortes com todo mundo dormindo amontoado, mais ou menos assim:


8 de nov. de 2016

A Pausa






Nem parei pra fazer as contas de quanto tempo fiquei sem escrever. Tenho mania de quantificar tudo em números, mas estou querendo mudar isso, ou pelo menos minimizar.
Parei de escrever por uma necessidade interna mesmo, precisava ficar quietinha. Tenho me recolhido, e na verdade depois desses meses e várias situações que passei tenho percebido que o tanto que me recolhi ainda foi pouco, tô precisando de mais.

Um mergulho interno, pra seguir em frente com a vida, com os sonhos e com as coisas todas que me fazem EU. Preciso me reconhecer mais rapidamente, me deixar acreditar mais em mim e nas minhas potencialidades.

Não, isso não é um adeus, apesar de parecer.

Pretendo escrever todas as terças, pelo menos quinzenalmente. Veremos se consigo manter esse compromisso comigo mesma. E se eu não tiver o que falar, postarei uma receita :-))

Eu nunca fui de muito reclamar, mas analisando alguns últimos acontecimentos percebi que tenho feito isso mais do que eu deveria. Talvez as atitudes alheias estivessem me influenciando demais e parando para pensar cheguei a conclusão que eu não posso deixar que os outros influenciem a maneira que eu devo agir. Aquela história de reação apenas, não me cabe mais. Quero ser diferente, e quando eu decido eu sigo naquilo que eu bati o martelo.

E vamos nesse jornada novamente. Tenho muito o que contar e mais ainda o que agradecer