E sabe que coaching é meio que uma terapia, só que com foco profissional. Dentre das muitas coisas que estou fazendo lá, fui obrigada a olhar o meu passado. O que eu fazia quando criança, quais eram os meus talentos, o que eu sempre tive facilidade em fazer, coisas assim.
Que mergulho surreal, sério. Comecei a me dar conta de coisas que até então eu nunca tinha me dado o direito de pensar e refletir. Ao me ver criança novamente tive um choque de realidade.
Sempre soube que estou guiando dois cidadãos do mundo, que nossas escolhas impactam diretamente a vida dos nossos filhos, que estou dizendo a eles todo dia o que é importante e o que não é através das minhas ações. Mas olhar de forma crítica para minha infância e adolescência me trouxe a tona um choque de realidade incrível.
Onde eu estava quando tudo o que eu precisava era sonhar, brincar, idealizar, viver sem me preocupar com o futuro, ser apenas eu e minhas potencialidades? O que impactou na minha vida hoje tudo o que eu não vivi?
O futuro é plantado diariamente, com ações e com dedicação. Imersa na minha correria diária, com meus compromissos infindáveis, com o garantir o mínimo talvez eu tenha me esquecido que não estou dando a oportunidade dos meus filhos exercerem suas potencialidades. E não estou falando com o foco no mercado de trabalho, pois eu tenho a máxima na minha vida que não estou criando filhos para o corporativismo.
Estou incentivando que eles brinquem o suficiente? Que eles sonhem o suficiente? Que se machuquem o suficiente? Quais portas estou permitindo que eles abram?
Isso ficou ecoando dentro de mim e muitas respostas vieram. Só estamos começando as mudanças por aqui.