22 de set. de 2015

A árdua tarefa de educar

É galera, eu posso dizer que de todas as fases que passei nesses mais de 4 anos com bambino, passamos a pouco tempo pela mais desafiadora possível.

Foi difícil quando ele nasceu e e tive baby blues. Foi difícil quando ele sofria de cólicas e chorava copiosamente. Foi difícil cada tombo que tomou quando aprendeu a andar. Foi difícil quando eu o deixei a primeira vez na escola. Foi difícil o primeiro dia de volta ao trabalho depois da licença. Foi difícil enfrentar as crises dos 2 anos. Foi difícil quando ele não crescia e não engordava. É difícil ainda hoje quando ele briga pra não dormir. Mas nada se compara ao momento que passamos uns tempos atrás.

Resumindo: a maternidade é um caminho de dificuldades. E você pode me perguntar: compensa??
Eu te digo que sim. E não é só pelo fato de olhar para minha vida e não conseguir me imaginar sem meus filhos (e olha que o segundo ainda está na barriga). Eu realmente entrei nessa jornada sabendo que as minhas noites e os meus dias não seriam fácies, mas que seriam mais completos. Chego a conclusão que eles fizeram mais por mim do que eu por eles.
Se eu me considerava forte antes de tê-los, depois deles eu vi que forte é meu nome do meio. E não importa o que aconteça, eu não desisto dos meus filhos: nem agora, nem nunca.

Mas hoje eu tenho precisado de mais coragem e mais força, até pelo futuro bem próximo que me aguarda. Gianlucca anda desafiando todo e qualquer limite. E não se trata de fazer sempre as minhas vontades, trata de questões básicas, como por exemplo sair correndo na rua. Minha vontade nessa hora é pegar ele e sacudir, sacudir e sacudir. Mas não faço.

Sou entusiasta da educação positiva, mesmo que por muitas vezes ela não tenha funcionado aqui em casa. E agora, vou bater? Vou revidar todas as vezes que ele bate na minha barriga? Minha vontade é essa, mas onde fica tudo aquilo que acredito? Eu enfio minhas convicções onde?

A mesma raiva que eu sinto quando ele não me obedece e se coloca em perigo, é a mesma raiva que eu sinto quando vejo uma criança ser agredida por alguém. Faço o que com essa raiva que eu sinto?

A intensidade dos hormonios me deixam mais louca. Juro que tenho vontade de gritar e esmurrar a parede em várias situações, inclusive com Gianlucca.

Veja bem, não fico nervosa com ele carente, querendo colo e companhia 24 horas. Em ele acordar só de não me sentir na cama, ou então ele chorando porque está precisando de atenção. Isso absolutamente não me tira do foco.

Mas ele me chutar, gritar e enfrentar os limites (tipo não obedecer no mercado, na igreja, na rua) eu fico é louca.

Mas aí eu me lembrei de algo que eu li quando Gianlucca era bem pequeno, algo que sempre me fez sair ilesa de discussões ridículas sobre maternidade (como o UFC cesarea X normal) e que no final das contas me trouxe até aqui, inclusive com compartilhar a cama até hoje: escolha é aquilo que a gente banca. Precisa bancar todas as escolhas dos caminhos que tomamos.

Não me venha com esse mimimi de "nossa, minha vida poderia ter sido diferente sem filhos" ou "onde eu fui me meter". Eu tenho verdadeiro trauma disso. Banca tuas escolhas e engole o remorso e abraça a causa, ponto. Falo isso pra mim, não é nada com ninguém além da minha conversa comigo mesma.

Lembrando desse conceito que até hoje tem me ajudado, eu resolvi escrever pra ela, a blogueira que abriu meus olhos para esse conceito. E mesmo ela sendo mãe de dois, grávida do terceiro quase no mesmo tempo que eu, super engajada em matérias cruciais para infância e direitos humanos e mesmo com tudo isso me confidenciou que o mais velho estava na fase adolescente da infância: bingo!! É isso que estávamos vivendo aqui.

Olha que o mesmo dilema que eu enfrento entre respeitar os limites dele, como indivíduo que tem vontades próprias, e aquilo que é inegociável, ela também enfrenta. Me ajudou com muitas palavras positivas e a mensagem principal que tive dessa conversa online foi: você é a mãe, não dá pra ceder quando o não é irreversível.

Hoje as coisas estão assim aqui em casa: eu sou a mamãe e sei o que é melhor. Ou me obedece ou terá consequências, nem que seja ficar sem o querido aplicativo que só tem no meu celular. Não gosto de "castigos", mas tento mostrar que tudo na vida temos que bancar com as consequências.

Funciona? Olha, me trouxe mais paz de espírito, e quando ele precisa chorar, chora. Não tem jeito.

Gianlucca me demanda bastante, muito mesmo! Quando estou em casa não existe ninguém mais. Eu estou preparada para o caos quando Giuseppe nascer, assim já trabalho com o pior cenário e não sofrer.

Rodrigo ainda me chama gentilmente de slave (em bom potuguês, escrava), mas um dia melhora, ohhh se melhora.


2 comentários:

  1. Educar nao é mesmo facil...meu filho ja esta com 16 anos e eu ainda sigo nesta ardua tarefa de formar um cidadao de bem,rs
    Ate que tenho me saido bem...ja que o eduquei praticamente sozinha( sou divorciada do pai dele) tem horas que olho pra ele e fico orgulhosa de mim kkkkkkkkkkkk (tipo: eu que fiz) kkkkkkk
    E agora estou na fila de espera pra começar tudo de novo..se vai ser mais facil ? mais dificil? nao sei..mas vai valer a pena....
    bjo

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    Respostas
    1. Oi Nise, que orgulho hein!! É bom babar nas crias hahahhaa
      Tenho certeza que fez um bom trabalho, não é fácil criar um filho sozinha.
      Eu realmente espero que o segundo seja mais fácil! Estou colocando todas as minhas forças nisso hahahaja.

      Bjs

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