31 de jan. de 2016

Sobre Cansaço

Ser mãe cansa. Parece óbvio, mas é a mais pura verdade :-))
E como diz meu marido, o óbvio também precisa ser dito hahaha


Claro que tudo nessa vida nos leva ao cansaço.  Seja trabalho,  as atividades de casa, um esporte. Mas a diferença é que na maternidade esse cansaço não te permite parar,  não importa o quanto cansada você esteja, alguém vai precisar de você.

Sim, a sua maternidade gerou em alguém a paternidade,  e isso deve ser dividido,  no entanto a mais justa das divisões de tarefas e cuidados não será igual.  Marido vive dizendo que não tem leite, se pudesse iria amamentar. Mas não tem jeito, na hora da fome é você e você.

As vezes a idealização da maternidade não nos permite refletir sobre o quanto tal missão vai levar você ao limite. Eu não  trabalhei isso em mim quando estava grávida do meu primeiro filho, e tudo o que eu pensava nas minhas noites insones era: "quando isso vai acabar".

Lógico que elevado a potência de um baby blues. Uma briga insana de fazer meu filho dormir no berço (e o fato dele não dormir, que elevou meu cansaço de ficar acordando muito e a frustração de não "conseguir"), uma falta de confiança em mim mesma, tudo isso me fazia querer que o tempo passasse rápido.

Dizem que o primeiro mês de um bebê é punk. Eu diria que os 40 dias que são!  Esses demoram demais pra passar,  o cansaço parece persistir de um modo avassalador.

Mas como marinheira de segunda viagem eu posso te garantir,  ele sempre vai voltar :-))

Não é terrorismo,  é um conselho.  Prepare-se para o cansaço e para alegria de ter um sorriso banguela.

19 de jan. de 2016

Quando o costume fala mais alto que os fatos

Feliz 2016!!!

Eu tenho um monte de post no rascunho, que não tenho conseguido terminar e não planejava iniciar o ano no blog com um post da seção "blogterapia" mas vamos lá.

Passei aquele perrengue todo com a amamentação e por convicção minha e do marido não fizemos complementação. Seria mais fácil deixar de dar o peito e esperar sarar?? Claro!

Mas teríamos um processo doloroso de relactacao. Até porque ele teria que reaprender a pega, o que poderia levar meu peito a machucar novamente e eu teria que deixar ele com fome, pra ter incentivo de sugar o peito novamente. Aqui em casa isso era fora de cogitação.

Mas tudo o que escutei durante esses dias de batalha foi: dá logo mamadeira para esse menino!

Apenas duas pessoas não me disseram isso: marido e meu pai. De maneira surpreendente meu pai me dizia que Giuseppe precisava do meu leite, isso enquanto eu estava chorando e urrando de dor.

Passado essa fase achei que pararia que ouvir a indicação da mamadeira. Que engano!!

Giuseppe é um bebê que mama bastante. Mas além disso ele fica chupetando muito! Do meu dia eu passo 80% dele com Giuseppe no peito.

Todo mundo que vê ele dispara: nossa que menino grande e gordinho! Mas depois de ficar 1 hora conosco já vai me indicando mamadeira.

Gente que contra senso!!! Acabou de elogiar o rapaz e em seguida indica mamadeira?

Ele está super saudável! Em 26 dias cresceu 8cm e engordou 1.900kg. Uma delicia de carregar, é um bebê consistente! Só com leite materno!

Com isso já passei por dois estágios. O primeiro era de chateação, com esse tanto de leite que tenho me dizer pra dar mamadeira?!?! (se ele diminuir o consumo ele empedra!! Já tive febre por isso depois que passou o caos).

Aí depois entrei na fase de indignação. Das duas uma: ou o povo está por demais doutrinado que não consegue perceber o pecado que é insistir na mamadeira para um bebê que engorda e cresce bem ou realmente temos um problema que pra mim é social, o povo não consegue ver uma criança no peito!

Dias desses dentro da minha casa fui convidada a ir pra outro cômodo da casa porque estava amamentando. Claro que de maneira sutil, mas aquela historia, pra bom entendedor...

Fiquei p* da vida. Só pra constar.

Todos me dizem que ele vai sofrer quando eu voltar a trabalhar. Eu não descartei a mamadeira, mas ainda não decidi como farei. Por enquanto nada de plásticos na boca do Giuseppe.

Bjs!