29 de dez. de 2014

Resoluções de ano novo

Eu não vejo a hora de 2015 chegar, preciso de férias com a máxima urgência e elas serão somente em Março.

Mas não posso deixar de registrar meu agradecimento à Deus por mais esse ano. Ano difícil, mas um ano que foi extremamente educador. Eu aprendi que um dia de cada vez faz toda diferença, que como diz a bíblia "basta cada dia o seu mal", ou seja, planejo, sonho, mas vivo um dia de cada vez. Os desafios devagar vão sendo atingidos.

Esse ano perdi o emprego dos meus sonhos. Cheguei a fase final onde era eu e mais uma pessoa. Chorei quando recebi um não. E dos muitos que tive nessa vida, em multinacionais gigantes, esse me foi o mais dolorido pois era o mix de tudo que sempre busquei desde que bambino nasceu (vida profissional integrada com qualidade de vida). Nesse episódio eu aprendi que minhas vontades não são decretos onde o céu tem que dizer sim.

Hoje, cansada e mais cansada que estou, de um ano onde expectativas (as mais diversas) não foram correspondidas, onde trabalhei demais, onde os kilometros que ando todos os dias parece que tem se multiplicado, onde fui vencida por situações que eu jamais achei que viveria, me despeço de 2014. E para 2015 eu quero:

1 - Ler a bíblia todos os dias
2 - Caminhar duas vezes por semana.
3- Brigar menos com meu filho e marido
4 - Cheirar, abraçar e beijar mais meu marido e filho.
5 - Participar de alguma corrida de rua.
6- estudar italiano, com urgência. Deveria ser uns dos primeiros, but...


Querido Deus, obrigada e como Samuel eu digo:

"Ebenézer: Até aqui o Senhor nos ajudou" - 1 Samuel 7:12

27 de dez. de 2014

O Dinheiro e a Vida

Inicio o post enquanto faço o jantar, sem carne! Afinal, Natal é sinônimo de carne na minha família.

Mas enquanto espero o ponto do arroz, tempero o feijão, e aguardo o momento de bater o omelete, eu precisava vir aqui escrever. Precisava!

Faz um certo tempo que a relação com a grana me incomoda um pouco. Começou quando bambino nasceu e eu percebi que apesar de querer tudo no enxoval, o que ele precisava mesmo era bem menos.

Acho que já disse que Gianlucca mudou minha vida por completo. Foi ele que deixou pra trás uma ex-futura-CEO e trouxe a mulher que não vê a hora de poder ficar em casa cuidando da cria. Se isso vai acontecer, só Deus poderá dizer!

A relação Maira-Consumo mudou quando abri meus olhos para as fraldas de pano. Todos que estão fora da minha órbita maternal ao saber que usei fralda de pano, 99% me dizem: se você tivesse feito chá de fraldas (não fiz absolutamente nada!) não precisa ficar economizando agora com esse negocio antigo. O 1% me dizem: porque?!?

A saber, eu não usei por questões financeiras. Ajuda, claro! Mas o que estava em pauta na escolha aqui em casa era o meio ambiente e a saúde de bambino. Já parou pra pensar o quanto de química tem uma fralda descartável? Agora isso 100% do tempo em contato com a pele de um baby?!? Sem condições.

Hoje não sou uma pessoa consumista. Me contento com pouco, e tenho apenas 1 bolsa e pouquíssimo sapatos. Já falei um pouco sobre isso, e não me incomodo quando as pessoas no escritório me dizem que meu marido deve ser bem feliz, pois não sou gastona (a exceção é comida hahaha).

Mas o que me traz a esse tema? Coisas que escutei nesse Natal.

Minha família não é pentelha, não fica nos dizendo coisas desagradáveis, apesar do teto do vidro (como cama compartilhada que ainda rola aqui em casa) e as conversas são muito amigáveis. Mas dois episódios, me chamaram a atenção.

Sempre ficamos na casa da minha vó materna. A casa é grande e moram somente os dois.
No dia 26 a tubulação de água rompeu bem em frente da casa. Alguns pessoas estavam lá para abrir o buraco na rua e consertar. Gianlucca que é louco por máquinas e caminhões ficou louco! Acompanhou de perto e queria ir ajudar a trabalhar (sem querer, estamos criando um workaholic). O motorista do caminhão (que conhece meu tio) veio me perguntar se ele gosta, se eu vou incentivar e dispara: "mas fala pra ele fazer engenharia, pois isso aqui não dá dinheiro!"

A tarde fomos para o sítio onde minha tia mora e quando estávamos na piscina minha prima conta sobre a conversa do noivo dela com o chefe, onde ele diz que ele não é funcionário pra ganhar determinada quantia, mas sim muito mais.

Aí eu fico pensando que estou na contra-mão desse mundo. Ok, dinheiro hoje é necessário pois estamos no mundo e o escambo não faz mais parte do cotidiano. Mas estamos resumidos a isso? Isso é viver? De verdade?

Conheço um cara que hoje diretor de uma grande empresa, apesar do cansaço extremo e da falta de vida pessoal não consegue mudar de rota, e disse que o dinheiro vicia. Eu não duvido.

Do outro lado, conheço pessoas que vivem com bem menos do que nós em casa e estão super bem! Muitas vezes passarão a vida sem conhecer a Europa, mas emocionalmente felizes, saudáveis.

Eu sou a favor do equilíbrio, sempre! Apesar da planilha excel me dizer o contrário, eu prefiro acreditar que não faço parte desse mundo escravo, onde o que se resume mesmo são os números no holerite no final do mês. E que a vida é muito mais do que isso.









21 de dez. de 2014

A despedida da chupeta

Gianlucca não usa mais chupeta, agora é oficial!! Todos comemoram eeeeee

Foi um caminho longo, mas a despedida não foi milimetricamente planejada, assim como a mamadeira, ou as fraldas.

Era quarta-feira, cheguei no trabalho e já no carro senti que ele estava bem quentinho. Em casa foi para o banho e já estava mais fresquinho.

Naquela noite ele dormiu comigo, e Rodrigo na cama dele. Passado um pouco das 2:00hs bambino encostou em mim e estava queimando. Eu não encontrei o termômetro e mediquei. Pela manhã decidi não trabalhar e levar ao pediatra.

Fazia 1 ano que ele não ia ao médico, e depois do puxão de orelha, fomos ver como estava bambino. Era garganta. Antibiótico.

Médico disse sobre a dificuldade de falar "S", ele fala entre os dentes e me disse que já tinha passado da hora da chupeta se despedir. Encaminhou para Fono.

Eu saí daquele consultório decidida a não dar mais a chupeta. Quando ele pedia dizíamos que não tínhamos encontrado.

Foram dias complicados, principalmente para dormir. É impressionante a maneira como ele era dependente da chupeta para relaxar.

Ainda hoje nos pede a chupeta, e não sei como ele não pediu para comprar outra (era sempre o primeiro pedido ao dizer que perdeu). Realmente estava na hora, prova disso era não pedir.

Passei uns dias em São Paulo devido compromisso do marido com a Associação Italiana e disse pra ele que o levaria ao parque da Xuxa (era o mais próximo da casa da tia do meu marido :( ) em comemoração a separação, ele não usava  mais chupeta. E ele em toda sua sagacidade me diz: Eu uso chupeta, eu perdi, mas ainda uso. hahaha

Mesmo assim fomos e ele se divertiu bastante. Apesar de alguns brinquedos não ter altura mínima para ir. Assunto para post futuro.

É isso! Ainda nos pede um pouco, principalmente em momentos de crise, mas depois de 3 semanas eu considero oficial :-))

15 de dez. de 2014

O filho único

Aqui em casa temos o hábito de fazer cócegas soprando a barriga.

Hoje enquanto Gianlucca fazia na minha barriga, me dei conta que ele não fará isso comigo grávida.

Não haverá interação entre irmãos intra-utero. Nem pós útero.

Quando me dei conta disso, comecei a chorar, mesmo que estivéssemos brincando.

Nunca me imaginei ser mãe de filho único.
Mas Deus sabe o que faz.

Agradeço a Deus por ter me dado a oportunidade de gestar meu amado filho. Amamentado meu bambino querido. Por ter realizado meu milagre e ter concretizado o desejo mais profundo do meu coração.

É isso. Acabou projetos, tentativas, expectativas.

Agora é viver.

3 de dez. de 2014

O dia que virei má cuidadora de animais

Senta aí queridos que lá vem a história, veridica, pra minha infelicidade e chateação.

Eu comentei há uns 2 meses atrás sobre a adoção de uma cachorrinha e como bambino é louco por ela.

Por razões que não posso explicar aqui, decidimos encontrar um novo lar pra ela. De maneira completamente humana, cuidadosa.

Aí inocentemente cometi alguns erros.
1- comentei com a pessoa que adotei que não poderia ficar com ela e expliquei a razão superficialmente. Nossa conversa foi por whatsapp, como sempre ocorreu nesses últimos 3 meses.
2- ela me pediu uma foto e mandei uma ao meu lado e outro na bagunça onde ela estava com uma escova de dente (gentilmente cedida pelo bambino), um tênis que ela pegou de dentro do armário e alguns copos plásticos que ela pegou no armário da cozinha. Sim, ela é um filhote furacão.

Aí começou meu martírio. Essas fotos foram enviadas para outra pessoa, que descreve a situação como a seguinte:

"Sendo devolvida. Temos razões para acreditar que está sofrendo maus tratos. Precisa de um lar de verdade, onde seja educada, amada, vacinada. Perceba que nem brinquedos adequados ela tem"

No mesmo momento (as 23hs de um domingo) entrei em contato com a pessoa que realmente é meu contato e disse que o que estava escrito lá é tudo mentira!!!

Sophie, minha gente de Deus, só come razão super premium que custa uma pequena fortuna, come um ossinho por dia, recebe vermífugo a cada 15 dias por conta de um problema no intestino, nunca foi agredida e tem bambino. Minha vontade é filmar a alegria dela quando chegamos em casa. E sim, ainda está sem vacina devido o tratamento que estamos fazendo com vermífugos.

A pessoa retratou o post. Mas o estrago já tinha sido feito na minha alma.
Chorei a noite como se algo dentro de mim tivesse morrido. Juro!! Estava inconsolável.

Demorei dois dias para digerir tudo o que estava sentindo. Porque aquilo tinha me impactado tanto.

Como passei de heroína salvadora de um bichinho e me transformei em uma pessoa que em seguida os maltrata?

Respostas:
1- pela falta se empatia do ser humano. Em nenhum momento foi considerada a razão da minha "desistência".
2- não supri a expectativa de pessoas que não me conhecem.
3- não consideram como estou conduzindo o processo de maneira humana, levando em conta o bem estar dela. Ela ainda está conosco, não vou deixar sem abrigo, nunca!

Sendo eu uma pessoa que acredita na criação com apego, cama compartilhada, criação sem violência poderia ser tão diferente, ser Monstra com os animais?!?

Arrependimentos desse acontecimento: ter envolvido a pessoa inicial nessa nova busca por um lar. Deveria ter resolvido sozinha, como atualmente estou fazendo. E ter mandado a bendita dessa foto, onde minha intenção era mostrar ela brincando.

Lição: a internet é mentirosa e destruidora de sonhos, reputação e causadora de angústia. Saiba usar! E lembre-se que sempre somos responsáveis daquilo que falamos e escrevemos.

Lição 2: adote. Sempre é uma lição, sempre.


20 de nov. de 2014

Entardecer

Gianlucca nasceu em uma segunda-feira. Chegamos em casa na quarta-feira, mas algo não estava bem.

Todo entardecer era difícil. Era como se o sol fosse embora e me levasse com ele. Uma tristeza vinha devagarinho e cada dia ficava mais um pouquinho.

De repente me vi sem vontade de conversar com o Gianlucca, cuidava dele em silêncio. Era mais forte do que eu.

Na consulta de retorno ao obstetra, disse o que estava acontecendo ao querido Dr André. Estava sozinha no consultório com o bambino. Eu estava com baby-blues. E sempre ao entardecer.

A recomendação foi que eu deveria observar, me ajudar conversando com o bambino (eu realmente ficava em silêncio quase o dia todo) e que focasse na amamentação que ajuda na redução do útero e na regularização dos hormônios (foi então que comecei a praticar livre demanda sem nunca ter ouvido falar dela). Se não melhorasse em 15 dias eu deveria voltar para ver os próximos passos. Baby-blues que não passa rápido corre o risco de depressão, segundo Dr André. Eu acredito porque o negócio é punk.

Não precisei voltar, graças a Deus. Logo estava tagarelando com bambino e amando cada dia mais. Pois no começo não foi amor a primeira vista não.

Eu tenho minha teoria porque tive baby-blues: hormônios em surto, a via de parto (como não entrei em trabalho de parto me faltou a ocitocina na doses que eu precisava), internação no hospital (depois que surtei na retirada do DIU mais de 2 anos ao parto que foi que eu entendi) e o tratamento sem respeito que tive da enfermeira quando não consegui amamentar na madrugada.

Dia desses chegando do trabalho e olhando aquele sol indo embora no horizonte vermelho eu me lembrei - e senti - da tristeza que vinha me visitar. E meu coração gelou.

Reviver aqueles momentos me elucidou do caminho que andei durante esse processo de entrega a maternidade. Entrega.

O que me fez refletir, porque é difícil se entregar? Não só aos filhos, mas a Cristo, a rotina, ao amor ou ao desamor? Seria o medo da dependência?

Cada amanhecer é uma oportunidade que Deus nos dá de nos entregarmos. A Ele, aos filhos que ele nos deu, a vida bem vivida, aos sonhos plantados no coração.

Adversidades são partes da vida. Nela que crescemos, criamos forças, conhecemos mais de nós e de Deus. Mas que elas não nos tornem amargos, murmuradores e desacreditados das pessoas.

Minha postura contra baby-blues me ajudou a sair dele. Esse entardecer que me lembrou esse momento, me fez também lembrar que as coisas passam, mas a postura adquirida fica.

Bom final de semana.


13 de nov. de 2014

Pense bem antes de ter filhos

Minha intenção desse tema não é dizer que não dormiras mais. Ou dizer que sua vida ficará de ponta cabeça. Que sua rotina sairá completamente do lugar e nunca, em tempo algum, voltará a ser como era. Ou que sua conta bancária sofrerá danos e muitas vezes irreversíveis.

Todo adulto sabe disso, I suppose.
Até mesmo porque se a intenção é saber sobre os motivos egocêntricos de não ter filho, existem diversos livros por aí.

Mas se eu tinha real dimensão da responsabilidade de se ter filhos, depois que li um livro sobre educação positiva minha percepção levou um choque de realidade.

"Educar sem violência - Criando filhos sem Palmadas" Da Ligia Sena é muito bom. Vem de encontro com aquilo que acredito sobre educação. Aborda inclusive o tema do ponto de vista de algumas passagens biblicas e que eu concordo com a abordagem.

Mas se aborda algo que já acredito, qual então a quebra do paradigma? Os depoimentos finais minha gente. Eles me quebraram ao meio, ou melhor em migalhas. Ver pessoas que quebraram o circulo vicioso.

Desde então fiquei pensando sobre o tema. E cheguei a conclusão de que há que se pensar muito sobre os filhos. Quando ter, porque ter, com quem ter e coisas afim.

Isso porque eles são mais do que o futuro da humanidade. Eles são mais do que consumidores conscientes ou consumistas desenfreados, eles são mais do que potências de um mundo que está em construção. Eles são replicadores e multiplicadores. De amor ou violência. O que estamos ensinando ao mundo futuro?

E porque mencionei que devemos pensar com quem teremos esse filho? Já imaginou se meu marido discordasse das minhas posições? Se ao invés de conversar, agredisse? Te garanto, Gianlucca teria duas casas.
Os valores são ensinados por exemplo. Viver em um ambiente hostil gerará hostilidade.

Para mim é claro como água (não do volume morto da Cantareira): nascerá a semente plantada.

Não plante gritos. Não plante agressões. Não plante xingamentos. Plante amor, abraços, beijos, cheiros e muitas gargalhadas.

Esta disposto a repetir a mesma instrução mil vezes? Ou a respirar fundo quando a paciência for embora?
Está disposto a ter sua casa desajeitada? A compartilhar sua cama? A ajudar em tudo que for solicitado?
Está disposto a não viver para si? A se permitir se fusionar e se entregar?

Calma não será por toda a vida assim. Tenho certeza que seu filho não chegará aos 15 anos querendo dormir na sua cama.

Mas se ele quiser?!? Lhe pergunto: e qual é o problema??? Aproveite. Seguindo a ordem natural da vida você estará com ele nessa vida por pouco tempo (não viveremos 200 anos) quanto mais melhor. Para que no dia que houver a necessidade da despedida que ela seja feita transbordante de amor e completude.

💞Seja um replicador de amor. 💜💜💓💓




2 de nov. de 2014

Quando a maré nos engole

Viver é remar contra a maré. Principalmente quando decidimos viver contra o que está aí, por valores diferentes, por considerar que o que está aí muitas vezes não é o correto apesar de ser o mais fácil.

Algumas batalhas perdemos, mas isso não significa perder a guerra.
Eu tenho selecionado as minhas batalhas. Não tenho disponibilidade para lutar por tudo, contra tudo, brigar por coisas pequenas e muitas vezes passageiras.

A minha luta tem se voltado para a minha família. Tudo o que se relaciona aos meus.

Ainda estou na batalha alimentar. E como anda difícil, principalmente porque AMO uma porcaria.

Mas evito dar ao bambino. Vê-lo tomar refrigerante esmigalha meu coração, mas o que fazer se o lanche de sexta-feira na escola é salgadinho e refri? Como mandar ele para escola sem isso, se TODAS as crianças estarão comendo?

Como fazê-lo entender e gostar de comer verduras, se na escola o cardápio não contempla? Todo o trabalho que fizemos nos primeiros anos de vida com a alimentação orgânica e rica de nutrientes, hoje vejo como perdido. Não consigo fazer Gianlucca comer direito em casa. Está vivendo de arroz, feijão e carne. E como isso me faz mal!

Sábado fomos ao shopping. Ele gosta bastante, passamos na frente todo dia, pois é caminho da escola.
A idéia era comer minimamente saudável. Seria nosso jantar, somente nós dois. E depois um sorvetinho, que amamos :-))

Foi só entrar na praça de alimentação ele me pediu o lanchinho que tem brinquedo. Meu coração se dividiu: não privar meu bambino do marketing filho da mãe usado por tal instituição que tem o brinquedo como brinde, ou manter minha posição contra o consumo (principalmente infantil) e evitar mais porcarias??

Posso contar nos dedos de uma mão quantas vezes Gianlucca comeu lá. Vão me sobrar dedos.

Não se trata de ser a mãe boa ou chata, que deixa tudo ou não deixa nada. Pesou na minha decisão toda a minha batalha. O que estou ensinando ao meu filho? Que a vida é feita somente de privações e escolhas chatas?

Cresci com a minha mãe fazendo regime, se privando de uma vida e depois de algumas semanas devorando a casa. Comendo de uma única vez o que não comeu em 7 dias.

Não quero ser assim, não quero meu filho assim. Quero que ele construa uma relação saudável com a comida, para que não veja nela sua parceira de frustrações, que desconta na comida as chatices dos dias, as ansiedades como EU.

Assim, eu decidi:
Todos os diretos da foto são reservados e não autorizo reprodução.



25 de out. de 2014

Comunhão

Um dia de sábado. Marido em São Paulo para reunião da Associação italiana. Bambino na casa dos meus pais. Eu no meio da tarde passando roupa.

Pouco tempo de sossego, resolvi colocar alguns louvores e fui em um dos meus preferidos: Renascer Praise.

Foi quando, em um louvor que já conhecia bem pois cantamos na igreja, que comecei a sentir a presença do Espírito Santo. Tão bom, tão bom!

Foi aí que percebi o quanto minha vida está corrida. Mas o que tem haver alhos com bugalhos? É na falta de sentido que muitas vezes Deus nos mostra o sentido.

Não que eu não soubesse que minha vida é corrida. Não há na terra pessoa que não me pergunte como eu aguento tal jornada. E sabe que a única resposta que tenho para aguentar é que Deus me sustenta.

Bom sentir o Espírito Santo, melhor ainda saber que essa vida doida que tenho não tem me tirado a sensibilidade de ouvir a voz do Espírito. Mas tem me tirado momentos preciosos de comunhão.

Se pra tudo eu dou um jeito, está na hora de dar um jeito para aumentar meus momentos de comunhão. Pois não vivo sem a chuva do Senhor.


Assim, faz chover Senhor!


22 de out. de 2014

De tudo um pouco, mas de nada também

Eita vontade louca de escrever, mas não tenho muito o que dizer. Eu gosto de escrever sobre mim, minhas ansiedades, experiências e choradeiras. Mas nem tudo posso colocar aqui, principalmente quando envolve terceiros.

Assim eu pensei em falar sobre o desmatamento da Amazônia que está aumentando mais uma vez. Mas  talvez não  tenha os bons argumentos na ponta dos dedos pra colocar aqui.
Pensei então em falar de politica externa, mas né?!? Who wants?!?

Escreverei então de banalidades. Vamos lá.

Desde que cortei meu cabelo (bem curtinho) estou me sentindo mais bonita. As pessoas tem elogiado, e eu que não estou acostumada com isso fico bem tímida. Das duas uma, ou eu realmente estou precisando de terapia ou de mais elogios. Sei lá.

Estou fazendo tratamento para regularizar meus hormônios. Estou toda desregulada e isso tem me feito mal. Veremos como ficará ao fim de 3 meses.

Mal me mudei de casa e já quero mudar mais uma vez. Marido não quer. Impasse difícil de resolver. Esse é um motivo de stress constante: a casa.

Adotamos uma cachorra e bambino está louco por ela. Onde vai fala pra todo mundo da Sophie. Veio com o nome. Não basta lidar com a França diariamente, eu realmente precisava de um cão com nome francês. Mas ela é linda e estamos apaixonados por ela.

Gianlucca está dormindo bem. Que Deus conserve, amém.

Engordei mais. Não sei como, nem porque. Marquei uma nutricionista funcional, mas além de ser só em Dezembro a consulta é bem cara. Estou pensado em rever para uma nutricionista familiar. Rodrigo já faz acompanhamento, mas o dele é bem específico, voltado para quem treina. Gianlucca ainda anda difícil de comer, então quero aproveitar pra "resolver" tudo de uma vez.

Encontrei uns amigos das antigas, e uma das meninas tem uma baby novinha. Gianlucca ficou enlouquecido e agora quer um neném (nunca antes, na história desse país, ele havia pedido, e quando perguntávamos se queria era categórico no não). Já disse que demora, que minha barriga precisa crescer, que neném chora, que ele vai dividir papai e mamãe, os brinquedos e a Sophie, que neném faz número 1 e número 2. Ele se mostrou disposto a tudo, menos ao número 2 hahahaha.

É isso.


12 de out. de 2014

A infância e o sexismo

Dia das crianças vou falar um pouco de algo que me incomoda muito e há muito tempo.

A infância e o bendito do sexismo. Afinal o que é o Sexismo?

Resumidamente é a postura de situações e coisas de meninas e meninos. Bonecas são de meninas ou meninos não choram. Isso sem dúvida alguma caminha até quando somos adultos. Veja quantas mulheres cientistas temos hoje, ou mesmo a discrepância salarial entre homens e mulheres que exercem a mesma função.

Aqui em casa nunca fizemos esse tipo de restrição com bambino. Porque realmente não acreditamos que existam coisas de meninas e meninos.

Certa vez estava no trabalho, há muitos anos atrás, a esposa do meu chefe ligou pois o filho deles de 6 anos estava chorando muito, não me lembro o motivo. Ele ao telefone disse ao menino: pare de chorar pois homem não chora. Achei o maior absurdo e me prometi que nunca diria isso aos meus filhos.

Que mania de limitar! Quem foi que um dia disse que menino não pode usar rosa que é uma cor de menina?

Ainda no início do casamento fomos a uma loja comprar algumas roupas para Rodrigo. Ele lá comprou uma camisa rosa. A pessoa que estava também fazendo pagamento olhou com cara de quem não acreditava. Ok, isso faz 7 anos, mas ainda hoje isso existe.

Duas situações me alertaram sobre algumas coisas que bambino anda escutando por aí, principalmente na escola, pois aqui em casa não é mesmo!

Toda sexta é dia de levar brinquedo para escola. Ele decidiu levar uma caminhão e eu já na quinta a noite disse que ele precisava dividir o brinquedo com todos, pra ele brincar com o de todo mundo também. Quando ele me solta: menos pra menina. Quando perguntei porque ele disse que caminhão é brinquedo de menino. Oi?? Como assim??? Disse pra ele que isso não existe. Todo mundo pode brincar de tudo.

Segunda situação foi um dia de domingo. Após o fim do culto ele estava na habitual corrida pela igreja. Bateu a cabeça no banco e veio me dizendo (e passando a mão na cabeça) que não foi nada. Detalhe, com uma vontade louca de chorar, controlando mesmo. Abaixei na altura dele e disse que eu tinha visto a batida, que se ele quisesse chorar ele poderia sim. Ele me solta que menino não chora. Fiquei pra morrer!!! Meu filho tão pequeno controlando a vontade de chorar porque alguém sexista e desinformado disse ao meu pequeno que ele por ser menino não poderia chorar!!

Eu disse pra ele que não era verdade. Todo mundo chorava, inclusive o papai. Foi o que bastou pra ele abrir o berreiro. E depois logo se recuperou.

Os vínculos, alicerces que estamos construindo com ele são muito importantes. Quero que ele tenha argumentos para poder se posicionar quando situações assim acontece. E como me senti impotente, meu filho sendo expostos a idiotices como essa.

Em pensar que eu não poderei estar ao lado dele 100% do tempo. Que cada vez mais ele mesmo terá que se blindar.

Que Deus nos ajude. Educação é tudo! E isso é dentro de casa.

28 de set. de 2014

Good bye Mamadeira

Faz um tempo que estou tentando tirar a mamadeira do bambino.
Ela foi a minha parceira por muito tempo, e ele sempre teve um apego grande. Afinal foi a substituta do meu peito, aos 8 meses.

Mas sempre soube que não era o melhor, elas tem impacto direto sobre a formação da arcada dentaria. No entanto venceu a comodidade, infelizmente.

Havia um tempo que eu queria tirar, mas nunca conseguia. Ora porque ele estava em uma fase mais difícil, ora eu estava e ora o pai. Até que uns 3 meses atras ele - eu na verdade- esqueci a bendita na minha mãe. Disse a ele que para o leite seria no copo ou não teria. Ficamos assim por 2 dias e ele aceitou, apesar de insistir que precisava dela. Sim nesses termos, ele precisava.

Na segunda quando minha mãe chegou em casa com ele da escola, ele pediu e ela deu. Eu esqueci de avisar da estratégia #fail

Voltamos a estaca zero.

Mas, como já estávamos reduzindo a quantidade do leite ele tinha a mamadeira mais a noite. Ora, não seria tão difícil assim, né não?! Não, não seria!

Pois que um dia eu acordei e decidi que era o dia. Já estava trabalhando o psicológico dele com o papo que ele já era grande, não precisava mais e tal. Ele sempre argumentava que gostava de tomar leite deitado. Assim eu não poderia mexer na comodidade dele.

Foi então que entrou aqueles copos que tem normalmente para água, de plástico com tampa e um leve bico (de plástico duro mesmo). Ele que nunca usou muito (aqui ele toma tudo no copo de vidro, ou na taça quando estamos tomando vinho hahah), passou a ser esse copinho meu aliado.

Por algumas vezes ele ainda me pediu a mamadeira, e eu disse que alguém tinha levado embora, que não tinha mais. Um dia minha mãe me ligou dizendo que ele estava uma pimenta de bravo (como alguém que ela havia conhecido - me dando indireta!) e pedindo a mamadeira, eu pedi para que ela mantivesse nossa posição (ainda não havia jogado fora a bendita). Nessa mesma noite, depois de ter tomado no copo deitado, ele me pergunta se foi um moço que levou a mamadeira, eu disse que sim e ele me solta: - Eu vou pegar esse moço e vou bater nele!! - Depois disso nunca mais pediu. Colocou a raiva para fora e se resolveu :-))

Estamos caminhando aos 2 meses de desapego e indo muito bem. Hoje ele se orgulha e diz para todo mundo que agora usa o copo.

Que assim seja com a chupeta! Amém!

24 de set. de 2014

15 Dias sem Gritar

Aqui em casa eu sempre fui a mais paciente. Rodrigo tem um pavio mais curto, faz parte da personalidade dele. Pra tudo ele é assim.

Só que de uns tempos pra cá meu pavio também tem se encurtado. Bambino tem conseguido me tirar do sério. E olha, tem sido muito difícil.

As birras estão grandes, se joga no chão no meio da igreja e faz escândalo. Solta da nossa mão na rua e sai correndo, sobe onde pode realmente cair, joga as coisas no chão de proposito e por aí vai.

Eu no final da minha paciência, depois de falar 50 milhões de vezes que cai -machucada - atropela - tudo mais , uso do meu último recurso: o famigerado grito.

Mas não tenho orgulho disso. Me sinto muito mal depois, principalmente quando ele me diz que está com medo.

Me pego pensando, Cristo gritava com as pessoas?!? Eu mesma respondo: Não. E eu quero seguir me aperfeiçoado para ter uma vida próxima a Cristo.
Que raios estou eu ensinando ao meu filho?!?

Também me pego pensando que me faltam recursos para fazer que ele me escute, mas cabe a mim procurar saídas, não cabe a ele.

Sendo assim me propus o desafio de não gritar, sequer elevar meu tom  de voz com ele por 15 dias. E estamos indo bem.

Meu desejo é que esses dias me condicione a fazer  diferente sempre! E que eu não precise mais de metas, que se torne regra na minha vida.


17 de set. de 2014

Desejo

As vezes eu tenho vontade de colocar bambino embaixo do braço, catar as coisas essenciais e ir morar no sitio do meu avó para viver de cultura de subsistência.

Sem stress do dia a dia. Somente a sobrevivência no sentido mais puro da palavra. Sem mundo para conquistar, sem usar os idiomas adquiridos, sem obrigações estúpidas de ter tudo em ordem para a boa convivência. Apenas sobreviver.

As vezes falta um "trisco" para que eu faça isso, as vezes parece uma realidade muito distante.

Hoje estou no "trisco".

Let's see.
imagem do Google

31 de ago. de 2014

Pau pra toda obra

A maternidade foi um agente transformador na minha vida. As adaptações que tive que fazer desde que engravidei foram muitas.
Eu aprendi que ceder não é fraqueza. Que dar dois passos para trás não significa retrocesso. Que paciência é algo que adubando ela  cresce sim.

Mas seria uma mãe e um pai o chamado "pau pra toda obra"? Capaz de se resolver tudo, superar tudo e conseguir tudo?

Por experiência eu digo não. A limitação continua depois da maternidade.

Sem dúvidas conseguimos nos superar em muitas categorias, nos tornamos pessoas melhores, as vezes piores - tenha o seu filho xingado por alguém para ver o pior se mostrar- mas acima de tudo ainda teremos muitas dificuldades.

A minha, nojentamente, se chama vômito. Eu simplesmente não consigo com isso.
Eu vomito junto.  Dou socorro ao bambino, mas vomito junto.
Quando marido está perto, eu passo essa amistosa função pra ele, pois eu não "guento" não.

Aí a finesse do Rodrigo fica pra morrer. Acha que sou fresca, que não priorizo o bambino e coisas assim. E não basta me dizer isso, ele faz questão de dizer ao pediatra do plantão as 3 da matina. Não se conforma.

Digo a ele que é melhor limpar um vomito do que dois, né não?!? Mas não adianta não. A revolta do conjugue não passa.

Bambino passou mal na madruga de sexta para sábado. Eu estava dormindo na cama dele - ele está no quarto dele, depois volto pra contar - quando ele começou a vomitar. E olha, voou na parede, sujou o colchão praticamente todinho e foi terrível.

Ele em toda a sua vida vomitou somente duas vezes, e por não ter pratica no assunto deu bastante trabalho, pois estava assustado. Não deixava o negócio vir, fechava a boca na hora, foi o Ó.

Culpa de uma pizza de quatro queijos. Quase nunca compramos, e quando compramos dá nisso. Só aumenta a minha certeza do home made. Vou cada dia mais investir nas coisas feitas em casa.

Tomou uma injeção no hospital, chorou horrores - foi a segunda na vida - e ficou só de cueca em obervação, pois segundo ele a calça pegava na injeção e doía mais.

Chegando do hospital ainda vomitou mais uma vez. Oramos por ele e ele dormiu o resto da madrugada (já era quase 5 da matina).

Agora está perfeito. Até acordou hoje pedindo batata frita, vejam só.

E eu continuo aqui, sendo pau pra toda obra, mesmo com um saquinho de vomito pra mim e outro pra ele.

Hugs

24 de ago. de 2014

Nós e o Açúcar

Conforme prometido no primeiro post sobre alimentação e sobre as mudanças que estamos fazendo, volto para falar sobre o açúcar branco (refinado).

A intenção desses relatos é dizer sobre nossas descobertas e rotinas, como não sou especialista da área de nutrição falo daquilo que tenho vivido, sem verdades absolutas.

Um breve relato sobre o relacionamento da família com o protagonista do post:

Rodrigo é avesso a doces. Tem paladar super sensível e não gosta. Prefere de maneira soberana os salgados. Então pra ele ficar sem açúcar é completamente normal e relativamente fácil.

Eu sou formiga declarada. Tanto que esse era meu apelido na escola (em uma época que não existia o tal o bullying) tanto pelo meu tamanho (sou realmente pequena!!) como pela intensidade no consumo de doces. Eu sou daquelas que precisa de um doce, as vezes pela manhã, confesso!

Bambino não é muito chegado mas gosta. Gosta de um chocolate ou uma bala, mas não é nem de perto viciado como eu. Até porque em casa não compramos essas porcarias (exceto uma pequena barra de chocolate meio amargo por quinzena - para fazer bolo). Sequer bolacha recheada em tenho em casa, e isso não é de recentemente. Nunca tivemos. E não usávamos muito açúcar, 1kg chegava a durar uns 2/3 meses em casa.

Pois bem que depois que comecei a pesquisar sobre o tema, a primeira coisa que mudei em casa foi o açúcar. Joguei fora sem dó o que eu tinha aqui e aderi ao açúcar demerara. Mas afinal, porque?

Sou nascida em uma cidade que tem uma usina de álcool (hoje o moderno etanol) e açúcar. Meus dois avós trabalhavam nessa usina, mas um deles trabalhava no refino do açúcar. Esse meu avó por acidente de trabalho acabou se contaminando pelo ácido sulfúrico (se não me engano) o que o levou a se aposentar muito precocemente (não tinha nem 40 anos quando isso aconteceu). Só por isso dá pra imaginar a quantia de veneno que se usa no processo de refino do açúcar. Mesmo assim minha família consumia (e ainda consome açúcar) e eu consumi por todos esses anos, até Abril de 2014.

Dá pra entender como vendo na família o mal que os elementos usados para o refino causam, ainda continuamos usando?? Eu te juro que eu não entendo.

Além dessas porcarias todas, o processo de refino acaba com as fibras e sais minerais que contém na cana de açúcar. Ou seja, o açúcar refinado é puramente glicose, não tem nadinha de nutrientes, com isso sua absorção no organismo é meteórica e sua carga glicêmica gigante!

O consumo de açúcar refinado está ligado a inúmeras doenças, desde as mais corriqueiras- mas não menos preocupantes - como diabetes e aumento de colesterol, até estudos que ligam o consumo a câncer de mamas, ovários, próstata, pâncreas entre outros e é inimigo para o funcionamento do intestino.

Pode também reduzir o nível de vitamina E no organismo, e aqui eu sou prova viva que é verdade. Eu sempre tive muitas dores nas mamas, principalmente perto do meu ciclo menstrual. O negócio era tão crítico que cheguei a fazer uma mamografia aos 27 anos de tão insuportável que era. Nunca deu nada (graças ao meu querido Deus) e a receita era sempre vitamina E. Durante os meses que eu tomava realmente não tinha nada, mas era só parar que tudo voltada ao normal.

Depois que eu parei com o açúcar refinado não precisei mais tomar vitamina E e não tenho mais dores como antes. É realmente muito diferente.

E como estamos caminhando?

Em casa só uso o açúcar demerara. Ele é o mais puro dos açúcares com as fibras e os sais mineiras preservados. Quando cheiramos ele tem o cheiro da cana de açúcar, uma delicia.
Mas não radicalizei. Eu hoje consumo muito menos doces na rua, mas não deixo de comer o bolo confeitado no aniversariante do mês na empresa, por exemplo. Como um pedaço pequeno e basta.

Bambino vive normalmente, e come bala quando ganha, como era antes.

Rodrigo a mesma coisa. Um pouco mais radical do que o costume no quesito alimentação.

A diferença que aumentou o consumo. Se antes 1kg durava 2/3 meses em casa, hoje era dura justinho 1 mês. Isso porque estamos reduzindo o glúten das nossas vidas, o que me faz usar mais dos meus dotes de confeitaria, já que o lanche da escola bambino leva e não compramos industrializado - estou muito avessa ao industrializado. Mas só compramos orgânico, uso da Native. É um pouco mais caro, mas como é um pacote só por mês nos damos esse luxo alimentar.

É isso.  Próximo post vou aperfeiçoar o tema do glúten.

Hugs! Má.

16 de ago. de 2014

O retorno das férias e o futuro

E então as minhas férias acabaram e voltei a rotina louca de sempre.

Eu confesso que imaginava meu Agosto um pouco diferente. Tantos planos, tanta correira, tanta sementinha de mudança plantada (desde Abril venho plantando sementes de mudanças) e meu Agosto voltou a ser como sempre foi. Acordar de madrugada, ficar longe por 14 horas, ter meu bambino me querendo perto e eu querendo estar perto.

Tem um blogueira que diz que escolhas na verdade são feitas quando temos opções. Muitas vezes não há opções, há somente um caminho a trilhar.

Quando algumas pessoas me dizem que estou nessa rotina por opção, eu logo lembro do que ela diz. Na verdade não há opção. Hoje minha área de atuação não está na cidade onde moro. E porque então eu não moro na cidade onde trabalho?

Vamos lá. 

Eu nasci no interior, e fui para São Paulo para fazer faculdade. Lá conheci meu amor (igualmente blogueiro) e nos casamos (depois volto contar a nossa história).
Então em 2.009 decidimos (motivação maior do marido) a nos mudar novamente para o interior, que não é tão interior assim, e então viemos. Eu sempre gostei de morar aqui, apesar de não ter nascido aqui. E ter meu filho em uma cidade que proporciona maior qualidade de vida do que São Paulo sempre foi grande motivador. Hoje aqui tenho a minha mãe e meu pai, que permite ao bambino ter grande contato com os avós maternos.

Voltar a morar em São Paulo seria na minha visão um retrocesso. Tudo o que nos motivou sair de lá, ainda está lá. A qualidade do ar péssima, o transito péssimo, a violência e o bambino ter que ficar na escola das 7am até 7pm. É cruel com uma criança.

Então eu prefiro me sacrificar à sacrificar meu pequeno filhote. E assim estamos.

Mas sou de carne e osso. E sinto muito mais depois de um período de férias. Como é difícil ficar longe do meu filho e marido por tanto tempo. Como é sacrificante ter uma rotina de 14 horas. Como é difícil querer mudar e não conseguir. Nem mesmo o fato de amar aquilo que faço, o que escolhi por profissão, tem me ajudado a me motivar.

Eu odeio auto-piedade, pra mim não leva a lugar algum. Mas sinceramente, algumas vezes eu tenho pena de nós mesmos como família, como filho, como marido e como mulher. Não é fácil minha gente.

Mas conheço o Deus que sirvo, e Ele me conhece mais do que eu mesma. 

No domingo, último dia antes das férias, minha vontade era chorar. Sendo muito sincera desde quarta-feira estava assim. E no domingo me veio a palavra: pare de lutar com as suas forças e deixe que Eu lutarei por você.
Sim, eu estava lutando com as minhas forças, perdendo noites de sono pensando em como fazer e entrando em um looping de ansiedade devastador, cheguei a engordar mais e a angustia estava presente diariamente.

Já no meu primeiro dia de retorno Deus me mostrou que está sim trabalhando e isso foi muito reconfortante. Vai dar tudo certo.

O futuro está começando e junto com ele Deus me dará a tão sonhada qualidade de vida que peço.

Hugs 

6 de ago. de 2014

Amamentação - Nossa História

Como estamos na semana do aleitamento materno, vou falar um pouco sobre nossa história de amamentação.

Como no parto, eu não me empenhei muito em saber sobre amamentação. Na verdade tinha isso como normal, natural. Os bebês mamam no seio e ponto! Nada mais natural que isso.

Sempre vi bebês mamando, não tenho recordações das mulheres da minha vida e do meu entorno dando mamadeiras para bebês, mas para crianças sim. Então pra mim os bebês mamavam e ponto.

Logo que nasceu, bambino não quis mamar. Mas assim que cheguei no quarto, ele me esperava junto com meu marido e a minha mãe. Eu deitada de lado, a enfermeira o colocou no seio esquerdo e ele pegou. "Jesus" foi a primeira palavra que eu disse assim que ele sugou. E como sugou! Como pode um ser daquele tamanho ter tanta força para sugar.

Como não me preparei, eu assustei. Sentia algo parecido com dor, mas não era dor. Era estranho, pois sentia que algo estava saindo de dentro de mim. Era o colostro. 

Gianlucca ficou a noite toda comigo na cama, eu sozinha no quarto. Meu marido não dormiu conosco no hospital, nem me lembro porque. Mas a primeira noite foi muito tranquila! Nós dormimos um pouco, dei mais um pouco de peito e assim fomos na madrugada de segunda pra terça. Achei muito tranquilo, apesar do impacto inicial. Pensei que seria moleza. Inocente! hahahaha

Na terça ficamos os 3 no hospital, super tranquilos. Mas eu não conseguia fazer bambino mamar no seio direito, então estava sentindo um pouco de incomodo no esquerdo. Sorte que o garoto dormia muito, eu precisava acordá-lo para mamar. Com apenas 1 dia de vida eu já estava achando que tinha parido o mais calmo dos bebês. Inocente 2 hahahaha.

Aí chegou a madrugada de terça para quarta e o bicho pegou! Estávamos mais um vez somente nós dois, e eu não conseguia que ele pegasse o seio, agora nem o esquerdo! E Ele chorava como se não houvesse amanhã ou como se eu estivesse batendo. 
Então chamei a enfermeira para me ajudar. Até nesse momento eu estava relativamente calma. A enfermeira me ajudou a colocá-lo no peito. Ele deu 3 boas sugadas, então a enfermeira nos deixou a sós. Foi só ela fechar a porta ele perdeu o bico e começou a chorar e eu comecei a ficar nervosa. Se calma eu já não estava conseguindo que ele pegasse, imagina nervosa.
Depois de mais uns 40 minutos de tentativas chamei a enfermeira e ao abrir a porta o que ela me disse?! "DE NOVO!" As 4 da matina ninguém quer ser incomodada por duas vezes seguidas, não é mesmo?! Mal preparada define, infelizmente.

Ela então me disse que levaria Gianlucca para o berçário,para dar fórmula e eu em prantos aceitei. Liguei para o meu marido soluçando, e ele ficou desesperado.
Outra enfermeira veio me trazer o pequeno e me instruiu a comprar uma concha, assim o bico ficaria pronto para a pega, o que facilitaria esse começo de vida. Mas me alertou: não diga isso para a Fono quando ela vier te visitar. Também me mostrou a posição em que o bebê fica sentado, nessa posição finalmente eu conseguir dar o peito direito para Gianlucca.

Na manhã da quarta-feira, antes da minha alta, a Fono realmente passou e me deu instruções sobre o amamentar. Eu acho que foi tardio, deveria passar antes, mas pelo menos passou. Fomos para casa, mas eu não estava feliz, algo não estava bom. 
Na quarta no começo da noite estava na sala amamentando no seio direito na posição sentado quando comecei a passar mal. Dei o Gianlucca para o Rodrigo e sai um pouco tomar uma brisa, no quintal mesmo. Eu sentia como se fosse vomitar, uma tontura, não conseguia respirar. Devagar isso foi passando e quando eu melhorei voltei a amamentar. Então bambino começou a engolir, engolir e engolir. Quando tirei o peito da boca dele jorrava leite. Finalmente meu leite havia descido.

Eu ainda usei a concha por um mês, até me sentir segura na pega. Depois não precisou mais. Mas usava até quando dormia, para que o bico estivesse pronto sempre que precisasse.

Gianlucca mamou muito, de hora em hora. Eu que nos primeiros 15 dias precisava acordá-lo para mamar, depois que ele "acordou" pra vida, não me deixava quieta. Tudo o que eu fazia era amamentar e trocar fralda. Nem o dente dava tempo de escovar. E como era gostoso viver em pró da amamentação.

Eu amamentava em público, inclusive na igreja, e não me importava com isso. Há tanta besteira na TV, na rua que implicar com amamentação pra mim não tem sentido. Não tive vergonha, mas meu marido não gostava muito não. Paciência! 

Mamou até os 8 meses. Tive que parar devido um problema de saúde e o medicamento era muito forte. Pouco pra mim. Se houver segundo round aqui em casa, pretendo deixar mamar até o peito cair no chão.

Minha reflexão sobre amamentar: É um ato de amor. O início não é glamour, como se mostra por aí. É preciso insistir por um bem maior. Passado a dificuldade inicial, aí sim vira uma delícia. Mas se você não estiver empenhada nisso é muito fácil desistir. 
Informação é o que há! E preparação também! Eu poderia ter iniciado a preparação do mamilo bem antes, o que me facilitaria a vida no começo da vida do Gianlucca. 
Saldo da experiência é positivo! Eu super recomendo, é uma questão de saúde.

Estamos em reforma em casa e tudo está fora do lugar. Não achei meu pen drive com as fotos de quando ele mamava. Uma pena!

3 de ago. de 2014

Sobre Fralda de Pano com Devaneios acerca do futuro

Agosto é um mês muito especial pra mim.

Foi no dia 03/08/10 que descobri que estava grávida do bambino. No dia 03/08/11 voltei a menstruar. No dia 02/08/13 retirei o DIU  e ainda em Agosto é aniversário do meu pai.

Um mês bem representativo! Não preciso de ajuda do calendário para lembrar de cada data, até porque são bem próximas e marcantes.

Faz um ano que tirei meu DIU e durante longos 8 meses tentamos encomendar o segundinho(a), mas com alguns momentos de dúvidas se realmente era o certo a se fazer. Percebe que os dois posts que linkei são do mesmo mês? Inconstância emocional define.

Até que em Abril decidimos que iriamos esperar mesmo e o meu coração sossegou um pouco, ao ponto de discutir um filho único.

E onde entram as fraldas de pano afinal? Entram no que eu chamo de apego emocional. Explico-me.

Eu sempre fui uma mãe desapegada, mesmo. Das coisas de Gianlucca quando pequeno eu tenho somente um macacão RN lindo demais e um sapatinho que minha tia nos deu. Ah, tenho também o bebê conforto. O restante eu doei absolutamente tudo. E ia doando conforme não servia mais, não fiquei guardando nada.
Das pessoas que eu conheço, acho que sou a única a fazer isso. Todo mundo guarda e reaproveita no próximo. Eu não tenho esse apego. Se tem gente precisando eu dou mesmo.

Mas as fraldas de pano, eu não consigo. Chega a me doer o coração pensar em me desfazer delas. Não consigo nem emprestar (egocentrismo vemos por aqui).
E não foi por falta de oportunidade não. Eu indico fralda de pano para absolutamente todo mundo! Amo demais. Mas me desfazer das fraldas me soa um pouco "abrir mão" dessa segunda gestação.

No entanto o futuro do humanidade aqui de casa ainda está sem definição. Marido pretende sim ter mais um, pelo menos. Eu ainda não tenho certeza.

A verdade é que onde eu coloco mais um filho nessa rotina louca que vivo? Eu fico na verdade meio puta com essa sociedade consumista e louca. Trabalhar, educar, estudar, ser dona de casa, esposa e ainda ser eu mesma. E olha que meu marido é de extrema participação! Não sei que seria de mim sem você, babe. E essas super mulheres que criam sozinhas seus rebentos? A elas todo o meu respeito.

Das 24 horas do dia, 14 eu não estou em casa. Me sobram 10 para amar e educar meu filho, amar meu marido, me amar e ops, pera aí, comer e dormir né?! Mas precisa mesmo dormir?!

Meu relacionamento com Deus é feito em transito. No meu tempo de deslocamento de casa para o trabalho e vice-versa. E no decorrer do dia.

Agora o quão justo é com o meu filho dividir o pouco de atenção que tem da mãe com outra criança, que demandará atenção demais? O quão justo com o outro filho será ter uma rotina tão apertada e louca como Gianlucca teve e tem?
O quão justo é comigo gestar em transito mais uma vez? E a gravidez de paz que todo mulher merece ter?
Crescer sem irmãos nunca foi, na verdade, uma opção pra mim. E meu sonho de adotar?
E a minha carreira, que também me faz muito feliz? Esse vale um post a parte de tudo.

São muitas dúvidas.

Escolhas precisam ser feitas a todo momento. Umas impactam mais do que outras, mas as consequências das ações invariavelmente chegarão. E como família que somos, o impacto é sentido por todos.

Talvez o post pareça um pouco mais dramático do que ele realmente é, não é essa intenção. O momento na verdade é ainda de reflexão, e eu tenho sim vontade de começar tudo de novo e ao mesmo tempo me canso só de pensar um barrigão dentro de um fretado (vou de fretado trabalhar).

Por hora, digo ao povo que as fraldas ficam. #Deusnocomando.

Belezuras!!
*todos os direitos da foto são reservados e não autorizo reprodução.




1 de ago. de 2014

Razões de ser - O parto

E então eu resolvi falar sobre parto. O meu, claro, mas que tem influências de outros.
Vivemos em uma tribo, então tudo em volta contribui.

Gianlucca nasceu de uma cesárea eletiva. Até hoje disse isso somente para o meu marido, mas decidi tornar isso publico (apesar de meu círculo social não saber da existência do blog).
E porque disse isso somente para o Rodrigo? Porque ninguém está nem aí para o assunto parto!

Não tenho nenhum receio de assumir meu parto, sou realmente bem resolvida com a escolha que fiz. Nem mesmo esse MMA que ocorre entre parto normal X parto cesáreo me afeta. Nem mesmo a tentativa de tirar a palavra "parto" antes de cesáreo, por acreditarem que não é um parto.
Como diz a Anne do finado Super Duper escolha é aquilo que a gente banca. Concordo em gênero, número e grau! Eu banco a minha cesárea e ponto!

Vamos ao caminho até o meu parto.

Sou a filha caçula, tenho somente uma irmã mais velha. Minha mãe casou-se muito cedo, foi mãe muito cedo e fechou a fábrica cedo também.

Minha irmã nasceu de fórceps quando ela tinha somente 18 anos. Eu nasci de cesárea, mas não eletiva. Minha mãe ficou em trabalho de parto a noite toda em casa e foi para o hospital de manhã. Segundo os relatos familiares, mais um pouco eu nascia em casa.
Aí você me pergunta, porque então minha mãe optou por uma cesárea? Devido a laqueadura! Minha mãe fez laqueadura no meu parto, aos 21 anos. E ainda não dá pra fazer laqueadura via vaginal, muitas mais no meio da década de 80 (kkkkk)

Cresci ouvindo relatos da minha mãe de como sofreu e se machucou no parto da minha irmã. Segundo ela só não foi pior pois ela alugou o vestido de noiva algumas vezes (que tem até hoje! É muito amor) para pagar o famoso parto sem dor (com anestesia que antes o sistema publico não ofertava).
Eu mais envolvida no assunto hoje, imagino sim que deve ter sido cruel. Ela por querer fazer a laqueadura e não querer mais passar por isso, optou operar.

Mas as mulheres da minha vida são parideiras. Minha avó teve 6 filhos, exceto pelo primeiro, todos os partos foram rápidos. Minha tia, hoje madrinha do bambino, nasceu em casa. Minha vó conta que estava com dores e meu vô saiu para "alugar" o taxi para ir ao hospital. Ela estava sentada na cama esperando, quando veio uma contratação. Ao se deitar, fez um pouco de força e minha tia nasceu. Olha que lindeza!!!

Minha tia teve seus dois filhos de parto normal, mas contava do sofrimento do primeiro devido a episiotomia.

Assim cresci ouvindo de sofrimentos. Verdadeiros, entendo. Não me imagino em um fórceps ou vitima de uma episiotomia.
Quando criança inicialmente eu dizia que não teria filhos. Minha justificativa, esse mundão lindo do meu Deus ficando cada dia cruel. Uma das minhas principais argumentações era a falta de água, e olha hoje vivendo aqui uma crise hídrica em SP! Tinha medo de colocar filhos no mundo para sofrer.
Mas depois um otimismo me invadiu e optei por ser mãe. Iria adotar! Causa super nobre, que ainda ronda o meu coração, mas a razão era não sofrer. Hoje entendo que dor - que existe no parto - não tem nada a ver com sofrimento.

Então minha irmã engravidou e de cara gêmeos (família tem uma penca de gêmeos, genética completamente favorecendo) e passado 38 semanas deu-se a desgraça. Nascidos de cesárea um deles faleceu depois de 2 horas e outro ficou 2 meses na UTI e também se foi para os braços do Pai. Passaram do tempo, ficaram sem oxigênio. Muito sofrimento, muito.

Enquanto grávida, meu único medo era meu filho não respirar, ficar sem oxigênio. Esse fantasma da minha irmã também me assombrou demais.

Eu demorei para engravidar. Gianlucca é filho de um milagre, resultado de muito oração e clamor a Deus. Quando enfim eu embarrigudei, optei por ficar com o médico que já me acompanhava. Foi a minha pior decisão.

Fazia meu pré-natal em São Paulo, pois lá trabalhava (e ainda trabalho) e ficava mais fácil ir para as consultas. O médico era na época uns dos diretores do hospital próximo da Av Paulista que só faz cesáreas. E eu quando ingenuamente falava que queria parto normal ele me dizia que o hospital que atendia parto normal (e que meu convênio cobria) não permitia acompanhantes e que eu ficaria assistida somente pelas enfermeiras, ele mesmo viria somente após 8 dedos de dilatação e que isso demoraria horas. Nunca me ofereceu uma cesárea, mas nem precisava né não?!

Fui uma gestante desassistida. Comparecia todas as consultas, mas não tinha vinculo qualquer com o médico. Eu que sofri a gestação inteira com a pressão super baixa, onde quase desmaiava, nunca fui observada. Podia morrer de reclamar, ele nem se abalava.

Aos 5 meses de gestação, fui para o Pronto Socorro em Sorocaba passando mal da pressão. Era uma segunda-feira, me lembro até hoje e lá conheci o Dr. André. E como fui feliz em conhece-lo! Médico amável, empatia total tanto minha como do marido. Mas meu convênio não cobria as consultas com ele. Fiquei então com o médico de SP.

Até que com 35 semanas, após várias ligações ao médico de SP por passar muito mal da pressão baixa (eu não conseguia ficar em pé) e nenhum retorno dele, NENHUM, eu me cansei. Dr. André me recebeu e continuamos na reta final com ele, particular mesmo.

No dia 04/03 uma sexta-feira, depois de 2 dias sem dormir, passando muito mal eu liguei para o médico e disse: cansei de brincar, me opera hoje mesmo! Ele me disse para esperar mais, não aceitou! Disse que melhor seria induzir meu parto normal, me colocaria no soro, e se fosse minha opção após 6 dedos de dilatação me daria anestesia. Fiquei de pensar. Passou o final de semana e na segunda, 07/03 liguei para ele e disse que queria a cesárea. E assim foi feito.

Fui para o hospital as 15hs, Gianlucca nasceu as 17:42hs. Não quis mamar logo que nasceu. Papai acompanhou até o berçário e deu o primeiro banho enquanto eu ficava na sala de recuperação.
Demoraram demais para me levar para o quarto, demais. Gianlucca também foi vítima de todos os protocolos hospitalares, como vitamina K injetável, aspiração, colírio e tudo o mais.
Da cesárea, minha primeira levantada da cama as 5 da matina no dia 08/03 para tomar banho foi cruel. Depois disso não tive nenhuma dor, nenhuma mesmo. Não andei com dificuldade, me abaixava e tudo mais. Só não carregava peso, como a banheira cheia de água. Do resto quem me via achava que eu tinha parido por parto vaginal mesmo.
A  minha cicatriz é quase nula, incrível! Prova que meu amado e fofo Dr. André também é um cesarista. Mas isso não o desqualifica de maneira nenhuma. O apreço que temos por esse homem aqui em casa é imenso!

Cicatriz emocional, no lo tengo! Meus medos me fizeram optar por uma cesárea, e após muita informação eu creio que os tenho todos resolvidos.
Eu, ignorante que era na época, não via diferença na via de nascer. E hoje sei que há sim. E que de alguma maneira isso impactou a vida do Gianlucca de uma forma irreversível, já que não posso colocar ele dentro da minha barriga de novo e parir (apesar de alguma vezes desejar profundamente hahahah).

Caso haja segundo round aqui em casa, o parto não será apenas normal, será domiciliar. Quero parir no ninho, pois lugar de parto não é em hospital.

É isso. As grávidas que tenho por perto eu tento orientar, para que possam seguir caminhos diferentes do meu, mas a decisão é intrinsecamente pessoal.

A você barrigudinha de plantão, desejo que seus medos não te dominem como me dominaram. E que você possa bancar sua escolha seja ela qual for :)

Assim que nasceu. Só de olhar me emociono ao lembrar da alegria que senti.
*todos os direitos da foto são reservados e não autorizo reprodução.

30 de jul. de 2014

É a sua independência que me mata

Me lembrei da música sertaneja hahahaha.

Gianlucca é uma criança independente, apesar de me chamar 350 mil vezes ao dia. Contraditório né?! Mas o que é a maternidade se não a própria contradição?

Eu sempre tentei direcioná-lo para a independência. Incentivei desde cedo que ele fizesse as coisas por ele mesmo, mas olha isso dá muito trabalho. Por vezes me pego pensando em como era fácil a vida quando ele era somente um bebê e eu fazia tudo o que era necessário sem reclamações. Ok, super egoísta da minha parte pensar assim mas é a mais pura verdade.

Certa vez estávamos nós dois no Sesc almoçando e ele comendo sozinho. Ele deveria estar com uns 2 anos e 6 meses. Fez aquela bagunça com muita comida no chão e eu sempre perguntando: posso te ajudar? E ele respondendo: Não, eu consigo.
Respeitei e não ajudei. Eu respeito mesmo! Como quero que ele me respeite quando eu digo não se eu mesma não faço isso com ele? Impossível.
Está certo que muitas vezes eu pago caro por isso, como a bagunça no Sesc, mas creio que os frutos apareceram.
Voltando ao Sesc uma senhora na mesa ao lado me perguntou porque eu não iria intervir e ajudar? E então expliquei o porque, e ela me fez cara de alface, sabe como é?! Não concordou. Lo siento mucho!

Mas hoje, no alto de seus 40 meses (genteeeee, 40 meses fora da barriga?!?!) ele me dá muito trabalho com a independência.

Não quer ajuda para absolutamente nada, exceto quando pede. Assim fico muito tempo negociando, conversando, mostrando e ele gritando dizendo que quer fazer sozinho. E é tudo, desde banho, comer, beber, trocar, colocar tênis, mochila, desenhar, ir ao banheiro, se limpar, limpar o nariz, a orelha, e por aí vai....

Mas o que mais sofro nessa luta diária é com os dentes. Ele não aceita mesmo ajuda para escovar. Eu tento, mas é praticamente um massacre aos meus ouvidos de tanto grito de "Eu consigo sozinho". Só que apesar da boa intenção que ele tem, sabemos que não fica bem limpinho (ainda, ainda! Esse dia vai chegar!). Esses dias vi um pontinho preto no dente do fundo e me desesperei. Depois ajudei (forçosamente, diga-se de passagem) e consegui tirar o pontinho preto, era sujeira.

Mas olha, os dias prometem!

Vamos caminhando e cantando, é o que nos resta.

Hugs!

28 de jul. de 2014

Nós e o Leite

A minha relação com o leite é ótima e de longa data. Amoooo um leitinho quentinho antes de dormir com um bom chocolate. Amo tomar um cappuccino no inverno com um belo chantili.
Durante muitos anos foi meu único parceiro no café da manhã. Meu dia não começava enquanto eu não tomasse meu leite.

A relação do Rodrigo com o leite não é boa. Ele não toma mesmo, não gosta do sabor, não sente a mínima falta. Eu sempre achei isso um absurdo, digo, não nego.

Bambino, como a boa mãe que tem, também é um bom apreciador de leite.

Mas, desde que estou incutida de cabeça no temas alimentares, como mencionei aqui tenho descoberto coisas terríveis!
Nunca fui muito dada as coisas industrializadas, mas cedia quando o tempo apertava. Mas o leite, ahh esse sempre meu amado e acima de qualquer suspeita.

Vamos do começo.

Bambino era bem pequeno (uns 5 meses) e ainda mamava no peito quando fomos ao homeopata. Buscava a solução do problema do sono ter uma condução no tratamento da saúde diferenciado. Só havia em Sorocity dois médicos homeopatas, um deles com agenda somente para dali 5 meses, e outra somente em 1 mês. Optei por 1 mês.
Chegando lá, a médica era meio louca (já disse que eu tenho dom para achar essas figuras?!?). Pois bem, praticamente tudo era veneno pra ela. Tomate, espinafre, alface e o meu amado leite. Me disse que se eu desse leite de vaca, cabra ou soja para o bambino ela parava de tratá-lo imediatamente.

Como assim uma criança ficar sem leite?! Ok, eu tinha planos de amamentá-lo até quando ele quisesse, mas foi até 8 meses (devido um problema de saúde que tive) e quando eu não estivesse em casa, ou ele estivesse na escola?! Pra mim, digo mesmo por mim, era impossível uma criança ficar sem leite.

Quando perguntei o que daria pra ele, ela me disse água! Não me deu nenhuma opção, NENHUMA. Realmente achei a médica muito esquisita. Fora de cogitação deixar meu bambino sem leite. Ele, como bom mamífero que é, precisa de leite.

Então veio a Ressaca do Verde e comecei a me informar mais e mais.  Eu por habito busco sempre produtos da região, menor o tempo de deslocamento assim maior economia de combustível, mais sustentável, prioriza a economia da região. Se tem no mercado um feijão, leite, arroz ou qualquer coisa de perto, eu compro!

Voltando ao tema do post, o leite. Volta e meia aparece na mídia notícias de leites contaminados por formol, ureia, etc. E me aprofundando um pouco no tema, o buraco é bem mais embaixo.

Comecei a seguir no instragram algumas nutricionistas materno-infantil, o que me levou a um médico chamado Victor Sorrentino. Não vou fazer propagando do cara aqui, mas tirando algumas coisas (voltadas a estética e algum radicalismo) ele e as nutricionistas tem me ajudado muito.
Foi graças a ele por exemplo que diminui e muito o consumo de glúten aqui em casa. Tenho me especializado (ou tentado) a fazer tudo home made e sem glúten. Tenho tentado seguir a cozinha funcional.

Sobre o leite, ele tem um artigo sobre isso intitulado A verdade sobre o mito do Leite eu aconselho a visita no blog dele. Lá lista os malefícios do leite atual.

Como as vezes não paramos para pensar nas coisas né?! Eu nunca tinha parado para pensar que uma vaga precisa estar parida para dar leite, e que é impossível manter uma indústria do leite firme e forte sem hormônios.
Mas uma das coisas que sempre reparei são os rótulos. Sempre me incomodei em ter estabilizantes nos leites. Tanto que priorizava os leites de saquinhos que vendem em padaria. Eles duram só 3 dias na geladeira, ao invés de 4 meses fora dela.

E como estamos atualmente?! Na luta!
Tenho buscado opções. Já tentei leite de aveia que é uma opção com cálcio. Não gostei! Fica meio gosmento, com um gosto muito forte.
Tentei leite de amêndoas. Gostei muito. Até bambino tomou com chocolate (cacau em pó pois estou abolindo os achocolatados). Problema dele é a viabilidade financeira. Tenho feito umas duas vezes ao mês.
Tentei leite de coco, e uso com muita frequência na cozinha (vibe home made mesmo!!).
Mas confesso que o caminho ainda é longo! O leite de vaca ainda está presente na minha casa.

Eu já diminui bastante, mas as vezes preciso de um copo de leite. Estou me habituando a ficar sem.
Marido não toma e não tomará, ainda mais depois de descobrir os absurdos do leite.
Bambino diminuiu o consumo, mas ainda toma.
A opção também seria chá, mas sinceramente eu não gosto não!! E por consequência bambino também, pois não me vê tomando, então ele também não toma.

A novidade em casa é que não tenho feito coisas com leite. Qualquer receita que vá leite eu substituo por água ou leite vegetal quando tenho (amêndoas ou coco).
E estamos caminhando!! Meta é reduzir para mínimo o consumo de leite em casa.

Não posso terminar sem mencionar o blog Ecomaternidade que muito tem me ajudado! Ler e me descobrir um pouco lá e aprender mais tem me feito muito bem.

Eu volto para contar como caminhamos ;)

Próximo post healthly: Açúcar Branco

17 de jul. de 2014

Politica Chinesa

Projeto de filho único em estudo aqui em casa.

Vai para votação em assembléia e volto para contar o resultado.

Hugs

30 de jun. de 2014

Quem disse que não funciona?

Por razões pessoais fiquei em casa hoje, conectando ao email da empresa poralgumas vezes.
As 18hs Rodrigo me chama dizendo que bambino estava dormindo no sofá,sem banho e sem jantat. Pudera, o dia dele começou muito cedo e sem soneca a tarde (o que está sendo regular).

Levei bem uns 20 minutos acordando e dizendo que precisava tomar banho, que não dá pra dormir sujo. Ele aceitou lavar os pés e sem tirar a roupa.

Chegamos no banheiro, banheira cheia só disse pra ele entrar. No que ele já retrucou: estou de roupa!
 -sim você está! Pode entrar!
-mas vai molhar minha roupa!! - ele respondeu
-sim vai! E vai ficar frio, mas você não quer tirar.
-pode tirar mamãe! - disse ele convicto de que dele era a decisão final.

Deu mesmo! Eu realmente estava disposta que ele entrasse na água com roupa. O máximo que iria acontecer eram ter roupas molhadas. Pra mim vale a paz de espirito.

Banho tomado, criança alimentada e cama as 19:20hs. Pra mim isso é a definição de sucesso!

23 de jun. de 2014

Técnicas Avançadas de Negociações

Uma das minhas matérias na pós foi de técnicas de negociações. Técnicas essas desenvolvidas em Harvard.
Eu toda feliz, não via a hora de colocar em prática o aprendizado. Só não sabia que muito mais do que no trabalho, eu usaria na maternidade.

Aliás aqui em casa essas técnicas são avançadas. O básico não resolve não.

Eu (enquanto criança, que fique claro!) nunca fui muito fácil. Tinha minhas opiniões, era uma criança chata. Mas se me deixasse quieta, me levava longe.

Bambino me saiu melhor do que encomenda. Algumas vezes dá vontade de sentar e chorar, pois tudo aqui em casa vira motivo de "discussão".

Não quer tomar banho, lá vai diálogo. Eu aceita e entra, aí não quer sair. Lá vai mais 30 minutos pra sair.

Hora de vestir é a pior parte. Não quer colocar a roupa. Só quer ficar de cueca!!
No verão nem sofro, deixo de cueca mesmo. Mas agora no inverno o bicho está pegando.
Depois dele aceitar colocar a roupa mais uma guerra. Já tentando evitar o stress eu dou duas opções de troca (camiseta, calça, blusa, meias e tênis), mas com uma terceira na manga que geralmente é a que eu quero que ele coloque, pois é quase que certeza que ele não vai querer nenhuma das duas opções.

Certa vez li que isso faz parte da educação positiva. Nunca me aprofundei no assunto, faço mais por acreditar que a criança tem direito de escolha.

Quando ele não quer colocar nenhuma, aí eu digo que vou escolher. Sempre escolho a que eu não quero colocar, pois ele sempre vai discordar de mim e colocar o que no final das contas é a minha escolha.

Só temos uma exceção por aqui. Comprei tecido e minha tia fez macacão como pijama, pois o bonito não se cobre a noite. Não há meio dele colocar. Já tentamos de tudo.

A questão do contra é pra tudo. Se falamos que ele tem que comer, fazer, escovar os dentes ou qualquer outra coisa no mundo ele diz não. Só pra contrair. Passando 5 minutos ele pede e acaba fazendo/comendo/dormindo etc...

Quando o negocio fica difícil demais, não quer mesmo tomar a homeopatia, escovar os dentes, ir ao banheiro (até isso!) aí fazemos o que qualquer adulto bem resolvido faz: negociamos.

E assim vamos vivemos.

20 de jun. de 2014

Coragem, quede?

Eu ando sem coragem. Sabe aquele vigor pra colocar a casa de cabeça pra cima e fazer aquela faxina?
Ou então fazer um super almoço com sobremesa e tudo?
Ou então fazer aquele exercício físico?

Então...

Não sei o que houve, mas o que tenho feito no tempo que me sobra é descansar. O que sobrecarrega o marido. Pois não dá pra louça ficar na pia uma semana, né não?!

Se alguém viu minha coragem andante por aí, por favor me devolva. Paga-se bem.


15 de jun. de 2014

Culpa, ter ou não ter?

Eu nunca me considerei uma pessoa neurótica, que fica pensando insistentemente em alguma coisa. Mas aí resolvi praticar a elasticidade abdominal e eis que junto com o bambino pari as benditas neuras. Pra mim, pior que as neuras, são as parasitas culpas. Mas as vezes me pego pensando, porque elas existem?

Em que momento a humanidade deixou de acreditar em si mesma ao ponto de colocar sobre seus filhos esse sentimento de que nada vai dar certo, que tudo está fora do lugar, que não somos capazes?

É a mesma história do parto, da amamentação que hoje não conseguimos. A humanidade nasceu de partos vaginais e foi nutrida pelo leite das suas mães, mas hoje não. Hoje você mulher, que é capaz de fazer mil  tarefas, que assumiu lugares de destaques no corporativo, na política, na sociedade, em casa, hoje (e nos últimos 30/40 anos) não pode!

Tudo isso nos custou demais, pois ganhamos o mundo e perdemos nosso maior milagre: parir e nutrir.
Não que todas as conquistas não foram importantes, sim ainda são importantes. Mas não devemos mais deixar que tudo isso ainda nos tire o que mais precioso temos: gestar, parir e nutrir.

Não sou extremista ao ponto de dizer que nossa vida de mulher só vale a pena e que encontramos o verdadeiro amor depois de parir. Longe de mim. Na minha vida a maternidade veio sim me complementar, me transformou em uma pessoa melhor. Não há hoje maneira de não olhar para o outro e pensar que um dia foi uma criança. De ver alguém em mal caminho e tentar entender o que houve com a criança que existiu ali que levou esse ser humano a se tornar o que se tornou (juro que faço essa reflexão TO-DOS os dias a respeito do meu chefe).

Mas o que quero refletir aqui é porque cargas d'agua essa 'mardita' culpa existe para nos roubar o protagonismo da vida?

A culpa me consumiu muitas horas de sono, me fazendo refletir em como poderia dar um jeito de passar mais tempo com o meu filho. A falta de sono só me fez gritar com ele no dia seguinte, por estar morrendo em pé.

A culpa me fez controlar o tempo que ele mamava, me fazendo sofrer por ser pouco no início e não me deixou conectar com meu filho o mais cedo possível, como deveria ter sido.

A culpa me fez buscar médicos para tratar uma febre que não cedia que resultou em um exame de sangue aos 8 meses e antibiótico por uma infecção que nunca existiu. Eu não queria fazer o exame e ouvi da pediatra do pronto atendimento que minha função como mãe era ajudar, não atrapalhar. Febre essa que veio no meio de uma crise de saúde, minha diga-se de passagem. Que me impediu de amamentar devido a medicação. Crise na saúde que teve origem em um problema no meu trabalho, que naquele momento era gigante e eu não consegui administrar. Círculo vicioso,  já ouviu falar?!?

Em minha primeira avaliação com a coaching para direcionamento de carreira, depois de 15 minutos de conversa, a pessoa me disse, sem nunca ter me visto antes, que meu nível de culpa era elevadíssimo. Precisou um terceiro que não me conhecia pra me dizer aquilo que eu sempre soube e sempre neguei. A culpa fazia (e faz ainda) parte da minha vida.

Hoje meu nível de culpa diminuiu. Ainda não me libertei dela e talvez não tenha a resposta da pergunta que fiz no título.

Eu hoje estou buscando não ter, minha sensação hoje é que apertei um botão dentro de mim que fez esse negócio diminuir. Tentar cada dia mais viver mais leve, aproveitar ao máximo os meus momentos com aqueles que eu amo. Como no AA, um dia de cada vez.

Hugs


Diálogos com Bambino

Um dia de manhã após uma noite que ele acordou no berço e veio para nossa cama.

Eu: Filho você precisa dormir na sua cama.

Ele: Mas esse não é cama, é berço. Eu sou grande.

Eu: Mas se colocar uma cama você dorme?

Ele:  Dorme, mas quero uma cama verde.

E aí, está na hora ou já passou?!?

7 de jun. de 2014

Celular caído e a falta que me faz escrever

E aí que o meu instrumento de inscrita caiu no chão e estou com ele parcialmente funcionando.
Nem mesmo a função principal ele faz direito: eu só recebo ligações e consigo fazer somente dos contatos. Se precisar ligar para algum número que não está na agenda, sem change!

Outras coisas eu ainda consigo usar, como meu amado whatsapp porque o aplicativo vira e dá pra digitar do lado do touch que ainda funciona. Mas os aplicativos que não viram na tela, como meu parceiro blogger, sem condições.

Por isso estou sem escrever há muitos dias. Hoje sentei com o note, mas isso não é minha realidade. Eu quase nunca consigo, pois quando estou em casa a prioridade é o bambino, marido, casa e descanso.

Mas tem me feito falta escrever. Quando finalmente tomei coragem de colocar o blog no ar, não tinha ideia o quanto me faria bem escrever. Uma experiência inédita e reveladora.

Tá certo que reclamo muito, que meus momentos de blogterapia são mais do que eu imaginava no início, no entanto eles me refletem de alguma maneira. E que passam, mesmo que demorem um pouco.

Vamos caminhando. Muitas coisas aconteceram desde que meu querido celular se acidentou, mas estamos vivos e bem.
Alguns dias mais estressados do que outros, com a paciência mais esgotada do que outros dias. Mas o amor, ahh esse não nos tem faltado.

Não sei ao certo a razão, mas a cumplicidade do meu lar está bem. As dificuldades (elas sempre existem né?!) tem nos feito caminhar mais juntos, unidos na confiança de que Aquele que nos amou primeiro ainda não completou a boa obra em nossas vidas e está no controle de todas as coisas. Sim, sinto Deus muito mais próximos de nós, porque hoje estamos buscando estar mais próximos Dele.

E que ele abençoe seu lar e esteja com você, assim como Ele tem sido presente aqui :)

Hugs.


13 de mai. de 2014

Momentos Dele

Muitas das fofurices eu coloco no face, mas o dia que eu resolver deletar minha conta vou perder tudo. Por isso vou deixar registrado aqui, para se um dia a memória esquecer, basta ler ;)

- Papai eu não sou bambino, sou Gianlucca.

- É só para crianças (ao querer exclusividade em alguma coisa).

- Nossa que bonitinho, é para o meu irmão (ao experimentar um tênis).

- Quem come cenoura fica bem pequenininho - mostrando o tamanho com os dedos (ao ser questionado porque não iria comer).

- Eu vou contar até três e se não brincar eu vou chutar o fogão. Um, dois, três e bummm - chutou o fogão (ao me desafiar pra largar a louça e ir brincar).

- Ahhh eu vou ficar triste (ao pedirmos pra esperar qualquer coisa)

- Presente pra mim? (ao ver alguém com sacola na mão).

O vocabulário vem crescendo e já tem falado sem dificuldade. Me desejou até feliz dia das mães :)))

O amor só faz crescer.


*todos os direitos da foto são reservados e não autorizo reprodução.

9 de mai. de 2014

O fim da paciência

O ser mais paciente do mundo tem o fim da sua paciência. O limite que define entre a vida e morte daquele que está testando a paciência alheia.

Eu já sei onde as coisas apertam pra mim, sei exatamente quando eu vou explodir: sono. Eis meu calcanhar de Aquiles.

Claro que muitas outras coisas me aproximam da Maira ardida da infância, mas quando estou com sono, só o amor de Deus pai para me suportar.

Aí entra meu desafio: o sono do bambino. Porque vamos combinar que ele não é muito chegado no negócio como desabafei aqui.

Pega o lenço de papel para conter as lágrimas e vem comigo.

Eu sempre fui uma pessoa dorminhoca, sempre. Quando criança ao ir para a escola de manhã minha mãe me trocava dormindo. Pra ir pra praia a única coisa que achava chato era acordar de madrugada. Quando adolescente eu pagava pra dormir, que balada que nada eu queria era cama! Já casada o que apreciava mesmo eram as sonecas no meio da tarde aos finais de semana.

Por isso sofri demais com o sono durante a gestação pois acordava muito cedo e depois do almoço não tinha um mísero sofá no escritório pra dar uma encostadinha.

Pois bem que Deus me enviou  um garotinho que não aprecia o tema. E agora José? Agora rebola!

As coisas estão meio atribuladas. Mas serei justa, melhorou muito do que ele era.

Em Abril mudamos de escola para sanar alguns problemas, nível de felicidade do bambino aumentou consideravelmente, mas meus problemas noturnos? Esses só aumentaram no quesito Edredom.

Na nova escola não tem mais a soneca que era logo após o almoço,  ou seja ele pula praticamente o dia todo.
O horário da minha mãe mudou então bambino não saí mais da escola por volta das 16hs.

Assim é só colocar o rapaz na cadeirinha que ele despenca no sono. Os 50/60 minutos que ele dorme no finzinho da tarde revigora como se fossem 50/60 horas.

Aí a noite o bicho pega. E eu que estou cansada lá pelas 23 e tantas começo a surtar. Afinal as 5 da matina eu estou de pé de novo.

Logo eu que havia superado a fase de me acabar com esses períodos de secas noturnas estou novamente nessa sinuca se bico.

Apenas 5 dias de volta ao trabalho cá estou eu extremamente cansada. Ontem que dormi pouco mais de 4 horas não estava, hoje estou. Dizem que sono não é algo que se tira o atraso ou acúmulo eu realmente acredito que sim.

Já mudamos algumas estratégias, dia que marido tem MBA ou evento a noite ele vai pegar bambino mais cedo para a soneca e acordar antes das 18hs; tentar que ele não durma, mas sem sofrer afinal não quero sacrificar meu garoto. E aquilo que busco há mais de 2 anos: mudar de horário no trabalho ou de emprego né ;)

7 de mai. de 2014

Férias

Passou muito rápido, mas quero deixar aqui registrado a primeira vez que bambino andou de avião, barco, colocou os pezinhos na areia e tomou um caldo da onda heheh.

Fomos para Ilha de Itaparica na Bahia do meu Deus. Fomos marido, bambino e eu em um vôo mais cedo e a noite meus pais.

Lição 1: Se for em grupo que todos possam ir juntos. Isso porque poderíamos ter garantido mais conforto e economia.

Para não pagar duas estadias do carro no estacionamento de guarulhos optamos por ir de ônibus. Por isso saímos quase 4 horas de antecedência. O vôo foi tranquilo e bambino se comportou muito bem.

Quando chegamos em Salvador ele já estava cansado, pudera pois já estávamos fora de casa 8 horas. Nem bem colocamos o pé no chão e ele pediu para ir pra casa.

Hora de ir para a travessia. O aluguel do carro não deu certo, fomos ver um taxi e era uma verdadeira fábula. Realmente me assustei.

Ainda na primeira lição, se estivéssemos todos juntos o taxi ficaria mais "macio" de pagar.

Nos restou o transporte publico, ótimo bem mais sustentável mas levamos 3 horas para fazer um trajeto de 35KM. OK, eu e marido estamos acostumados com essa rotina, mas bambino não. A sorte que ele dormiu e só acordou quando pegamos o Ferry Boat, mas pensa como ele transpirou!  Um calor absurdo mas sorria, você esta na Bahia.

Chegamos na ilha quase 23hs e só uma pizzaria estava aberta. Foi nosso jantar.

Na hora de dormir Gianlucca queria leite, mas não tinha. Foi sofrível ver ele pedindo insistentemente e não ter.

Lição 2: nas próximas viagens sempre levar um pouco de leite em pó. Na hora do aperto quebra um galho.

E meus pais? O vôo atrasou e quando chegaram não tinha mais nada. Optaram por esperar no aeroporto até o amanhecer.

Os dias que ficamos foi muito bom. Bambino, apesar da alergia que atacou, aproveitou muito. Foi lindo de ver a alegria dele entrando no mar, chorando até aprender que precisava fechar a boca na onda, e a brincar muito na areia.

No último dia choveu e aproveitamos só  pouco, mas valeu muito ficar no flat e tirar um cochilo. Como disse no instagram (@masonegorodrigues), é a arte de desacelerar.

Na volta até o aeroporto fomos todos juntos. No Ferry o mar estava muito agitado e Gianlucca reclamou muito de dor na barriga, achei que iria colocar os bofes pra fora, mas dormiu.

A volta foi mais cansativa. Parecia que nunca chegava. No final deu tudo certo e aproveitei esses poucos 10 dias de maneira louca. Voltei revigorada mas querendo mais.

29 de abr. de 2014

Ajuda ou Pitaco Alheio?

Tenho três pessoas no meu FB grávidas. Uma delas se empoderou tanto na primeira gestação que depois que o baby nasceu se formou doula e agora na gestação do segundinho passou no vestibular de obstetrícia e mesmo barrigudinha está cursando.

As outras duas gravidinhas são marinheiras de primeira viagem. E eu tento dar uma ajudinha de vez em quando, uma dicas vez e outra, abordando o pouco do que me forcei a saber nesses três anos de maternidade.

Confesso que minha busca por informação nasceu junto com o bambino. Durante a gestação eu pouco procurei informação. Afinal não havia tanto segredo, era fazer os exames, tomar as vitaminas, ir ao médico uma vez ao mês e esperar nascer. Em outro momento vou retomar esse assunto sobre meu processo de gestar e parir da primeira gestação.

O que quero aqui deixar registrado é minha agonia ao ver o caminho que essas duas estão seguindo, que não é natural e correto, mas que pregam por aí como certo.

Vi que uma delas curtiu um artigo como "educar" os pequenos quando são muito apegados a mãe. Chegou a me dar coceira, sabe?!

Eu venho tentando vez e outra abordar por mensagem privada no face (pois moramos em cidades diferentes) alguma coisa sobre parto, amamentação, as necessidades dos pequenos. Não sou letrada no assunto, mas busquei muito e muito para fazer diferente com o meu filho. Muito foi feeling por exemplo o choro, pois nunca gostei de deixar Gianlucca chorando. Outro exemplo o ato de amamentar, deixava mamar a hora que bem entendia, quantas vezes deixei a comida no prato para amamentar...inúmeras. Outras eu fui atrás mesmo!

Ao falar para marido da vontade que tenho de ajudar, abrir os olhos e da pouca receptividade que tenho ele me disse algo certo. Estou informando sem ter sido solicitada.

Verdade, ninguém me pediu ajuda ou informação. Mas eu também não tive alguém no meu círculo que pudesse abrir meus olhos para o que estava difícil de achar, e como seria diferente!!

Mas essa sensação de que estou simplesmente dando pitaco ao invés de ajudar me incomoda.

O que fazer eu não sei. Talvez domar esse vontade de compartilhar aquilo que busquei.

23 de abr. de 2014

Uma mãe cansada

Marido esta viajando e bambino está dormindo comigo, na verdade só estamos mais folgados pois ele volta e meia dorme no nosso meio.

As 4:50 toca o despertador do celular na sala. Deixei lá de proposito para ser obrigada a levantar e não perder a hora como no dia anterior.

Despertou e automaticamente levantei sem olhar para a cama. Voltei da sala para verificar se bambino estava coberto, apalpei toda a cama e não encontrei. Por um segundo tentei puxar na memória se eu havia levantado e colocado no berço. Não, nem sequer me virei na cama.

Meu coração gelou, "só faltava isso" pensei comigo mesma. Liguei a luz do banheiro do quarto, dei a volta na cama e voilà! Ele estava dormindo no chão!!! Com a maior parte do corpo no travesseiro, mas as pernas geladas.

Ele caiu da cama e eu não vi, ouvi ou senti falta dele do meu lado.

E aí tô cansada ou estafada??

21 de abr. de 2014

Ressaca do Verde

Faz uns 5 meses que bambino deixou de comer verduras e legumes. Ao que parece é uma fase que deveria passar, mas não esta passando não. As frutas não entraram na lista negra, mas todo o resto sim.

O que ele não deixou de comer foi batata, mandioquinha e as vezes encara bem uma cenoura cozida. Mas o restante não vai.

Dizem que é falta de exemplo, mas aqui em casa comemos de tudo e ainda colocamos no prato dele, ou seja ainda oferecemos apesar de saber que o "não gosto" sairá da boca dele, mas vai que aceita né?!!

Pra contribuir ainda mais na nova escola eles oferecem os legumes depois do arroz, feijão e carne. Só que não vai comer nunca. Posso estar equivocada mas eu não acho a melhor estratégia.

Assim as refeições tem sido a base do velho arroz, feijão (quando aceita) e carne (vermelha, branca e peixe). Só que o intestino já está mandando mensagem que a coisa não está boa, ele esta dando trabalho.

No entanto estou decidida a mudar essa historia. Justo eu que sou avessa a cozinhar. Marido é muito melhor nisso do que eu, mas eu preciso ser protagonista nessa nova luta.

Entrarei de férias nessa semana e depois da nossa viagem eu vou realmente me tornar dona da cozinha, abandonando de vez a louca do paninho para me tornar a louca do sódio.

15 de abr. de 2014

Da falta de assunto e da vontade de escrever

Hoje estou a little down. Começou ontem na verdade. Nessas horas tenho vontade de escrever, escrever, escrever e escrever. Afinal tenho percebido que minha forma verbal de comunicar não tem sido eficiente.

Mas algumas coisas ainda não consigo nomear. Falar do que ainda o coração não sabe ao certo o que sente é para os fortes. Eu como fraca que sou ainda não tenho essa capacidade.

Por isso que tenho sido monotemática. Meus assuntos se resumem ao meu momento maternidade. Não que eu propriamente ligue, pois meu melhor papel é de mãe. Sou uma pessoa muito melhor depois que bambino nasceu.

Mas sinto uma falta colossal de rir até minha barriga doer de qualquer baboseira saudável (porque de podridão já basta nossa atual politica né não?!), de conversar sem compromisso de trabalho ou de analise mais profunda e coisas assim.

Ah como é bom o bom humor, levar a vida mais leve, sem pretensão mas ao mesmo tempo com responsabilidade. Ser contagiada pelo bom humor alheio. Ohh que maravilha.

A verdade que meus dias tem sido regados por sentimentos que eu não acredito. Que alguns dias é muito mais difícil de administrar, abster e simplesmente pensar que logo vai passar.

Comecei um processo de restruturação que não vou voltar atrás. Mas me pego conversando com Deus se a sementinha que estou plantando vai demorar pra nascer?!?

Dele é o tempo. A mim resta continuar semeando, respirando e abstendo.

Logo serei capaz de nomear tudo o que incomoda e continuar trilhando o caminho da mudança. Não me permito o retrocesso.

11 de abr. de 2014

Minhas bases maternais

Eu enquanto jovem e recém casada nunca fiquei fazendo grandes reflexões sobre como se criam filhos. Tinha sim uma ideia do que pra mim era aceitável e não pra criação de uma criança muito mais baseado na minha vivencia do que em qualquer outra coisa.

Trouxe muito disso pra minha maternidade. Aqui minhas referências, mais femininas.

Minha mãe era mais linha dura. Apesar de permitir nossos questionamentos dificilmente voltava atrás do que ela havia determinado. Meu pai já era bem mais flexível, mas volta e meia dizia "vá falar com a sua mãe" e eu já sabia que qualquer que fosse o esquema já tinha ido por água abaixo. No entanto não tenho recordações de gritos ou qualquer coisa do tipo.

Minhas avós já deixavam fazer quase tudo, uma beleza.

Minha vó paterna não deixava bagunçar a casa dela, mas tenho recordações incríveis dela como quando ela cantava em italiano pra mim ou me salvava da escola por não gostar de matemática, isso aos 4 anos.

Minha avó materna já deixava a bagunça rolar solta. Lembro-me de uma prima lá pelos 7 anos estar de regime por recomendação médica. Minha vó deixou ela comer um pacote inteirinho de bolacha recheada, pois na casa ela já tinha muitas restrições. Foi essa mesma vó que deu bolo de chocolate ao bambino no aniversário de 1 ano e ainda tirou foto. Nada saudável, mas doce de recordar.

Minha outra referencia de maternidade é minha tia, hoje madrinha do bambino. O filho mais novo chorava demais e fazia muita birra de rolar no chão. Minha tia que costurava em casa com toda a paciência deixava ele chorar e simplesmente praticava a abstenção. Não deixava isso abater e continuava a costurar. Só quando ele chamava que ela ia carregar e dar colo. Antes disso não adiantava, ele não aceitava qualquer aproximação.

Essas coisas que me fizeram caminhar para o que hoje tenho como diretrizes.

Não me recordo de ter escutado que criança não tem querer. Tem sim. Criança tem querer e merece ser respeitada como individuo. O que criança não tem é maturidade pra decidir e priorizar, como trocar a comida por doce, mas dá sim pra respeitar e atender muitas coisas.

Eu procuro respeitar, não gritar e dizer sim sempre que possivel. Atender sempre que me chama.

Mas reconheço que preciso melhorar. Tenho dificuldade de dizer não pra ele. Quando não atendo prontamente ele reclama e muitas vezes grita. E quando digo não ele chora, mas em minha própria defesa eu não volto atrás, mas consolo.

Ele que está entrando em uma fase que requer muita atenção, muito exemplo e ajuda para entender os limites dessa vida me faz refletir muito sobre esse processo de guinada nas minhas atitudes.

A mim agora cabe não desistir do meu processo de restruturação e paciência tudo por ele!