24 de ago. de 2014

Nós e o Açúcar

Conforme prometido no primeiro post sobre alimentação e sobre as mudanças que estamos fazendo, volto para falar sobre o açúcar branco (refinado).

A intenção desses relatos é dizer sobre nossas descobertas e rotinas, como não sou especialista da área de nutrição falo daquilo que tenho vivido, sem verdades absolutas.

Um breve relato sobre o relacionamento da família com o protagonista do post:

Rodrigo é avesso a doces. Tem paladar super sensível e não gosta. Prefere de maneira soberana os salgados. Então pra ele ficar sem açúcar é completamente normal e relativamente fácil.

Eu sou formiga declarada. Tanto que esse era meu apelido na escola (em uma época que não existia o tal o bullying) tanto pelo meu tamanho (sou realmente pequena!!) como pela intensidade no consumo de doces. Eu sou daquelas que precisa de um doce, as vezes pela manhã, confesso!

Bambino não é muito chegado mas gosta. Gosta de um chocolate ou uma bala, mas não é nem de perto viciado como eu. Até porque em casa não compramos essas porcarias (exceto uma pequena barra de chocolate meio amargo por quinzena - para fazer bolo). Sequer bolacha recheada em tenho em casa, e isso não é de recentemente. Nunca tivemos. E não usávamos muito açúcar, 1kg chegava a durar uns 2/3 meses em casa.

Pois bem que depois que comecei a pesquisar sobre o tema, a primeira coisa que mudei em casa foi o açúcar. Joguei fora sem dó o que eu tinha aqui e aderi ao açúcar demerara. Mas afinal, porque?

Sou nascida em uma cidade que tem uma usina de álcool (hoje o moderno etanol) e açúcar. Meus dois avós trabalhavam nessa usina, mas um deles trabalhava no refino do açúcar. Esse meu avó por acidente de trabalho acabou se contaminando pelo ácido sulfúrico (se não me engano) o que o levou a se aposentar muito precocemente (não tinha nem 40 anos quando isso aconteceu). Só por isso dá pra imaginar a quantia de veneno que se usa no processo de refino do açúcar. Mesmo assim minha família consumia (e ainda consome açúcar) e eu consumi por todos esses anos, até Abril de 2014.

Dá pra entender como vendo na família o mal que os elementos usados para o refino causam, ainda continuamos usando?? Eu te juro que eu não entendo.

Além dessas porcarias todas, o processo de refino acaba com as fibras e sais minerais que contém na cana de açúcar. Ou seja, o açúcar refinado é puramente glicose, não tem nadinha de nutrientes, com isso sua absorção no organismo é meteórica e sua carga glicêmica gigante!

O consumo de açúcar refinado está ligado a inúmeras doenças, desde as mais corriqueiras- mas não menos preocupantes - como diabetes e aumento de colesterol, até estudos que ligam o consumo a câncer de mamas, ovários, próstata, pâncreas entre outros e é inimigo para o funcionamento do intestino.

Pode também reduzir o nível de vitamina E no organismo, e aqui eu sou prova viva que é verdade. Eu sempre tive muitas dores nas mamas, principalmente perto do meu ciclo menstrual. O negócio era tão crítico que cheguei a fazer uma mamografia aos 27 anos de tão insuportável que era. Nunca deu nada (graças ao meu querido Deus) e a receita era sempre vitamina E. Durante os meses que eu tomava realmente não tinha nada, mas era só parar que tudo voltada ao normal.

Depois que eu parei com o açúcar refinado não precisei mais tomar vitamina E e não tenho mais dores como antes. É realmente muito diferente.

E como estamos caminhando?

Em casa só uso o açúcar demerara. Ele é o mais puro dos açúcares com as fibras e os sais mineiras preservados. Quando cheiramos ele tem o cheiro da cana de açúcar, uma delicia.
Mas não radicalizei. Eu hoje consumo muito menos doces na rua, mas não deixo de comer o bolo confeitado no aniversariante do mês na empresa, por exemplo. Como um pedaço pequeno e basta.

Bambino vive normalmente, e come bala quando ganha, como era antes.

Rodrigo a mesma coisa. Um pouco mais radical do que o costume no quesito alimentação.

A diferença que aumentou o consumo. Se antes 1kg durava 2/3 meses em casa, hoje era dura justinho 1 mês. Isso porque estamos reduzindo o glúten das nossas vidas, o que me faz usar mais dos meus dotes de confeitaria, já que o lanche da escola bambino leva e não compramos industrializado - estou muito avessa ao industrializado. Mas só compramos orgânico, uso da Native. É um pouco mais caro, mas como é um pacote só por mês nos damos esse luxo alimentar.

É isso.  Próximo post vou aperfeiçoar o tema do glúten.

Hugs! Má.

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