6 de ago. de 2014

Amamentação - Nossa História

Como estamos na semana do aleitamento materno, vou falar um pouco sobre nossa história de amamentação.

Como no parto, eu não me empenhei muito em saber sobre amamentação. Na verdade tinha isso como normal, natural. Os bebês mamam no seio e ponto! Nada mais natural que isso.

Sempre vi bebês mamando, não tenho recordações das mulheres da minha vida e do meu entorno dando mamadeiras para bebês, mas para crianças sim. Então pra mim os bebês mamavam e ponto.

Logo que nasceu, bambino não quis mamar. Mas assim que cheguei no quarto, ele me esperava junto com meu marido e a minha mãe. Eu deitada de lado, a enfermeira o colocou no seio esquerdo e ele pegou. "Jesus" foi a primeira palavra que eu disse assim que ele sugou. E como sugou! Como pode um ser daquele tamanho ter tanta força para sugar.

Como não me preparei, eu assustei. Sentia algo parecido com dor, mas não era dor. Era estranho, pois sentia que algo estava saindo de dentro de mim. Era o colostro. 

Gianlucca ficou a noite toda comigo na cama, eu sozinha no quarto. Meu marido não dormiu conosco no hospital, nem me lembro porque. Mas a primeira noite foi muito tranquila! Nós dormimos um pouco, dei mais um pouco de peito e assim fomos na madrugada de segunda pra terça. Achei muito tranquilo, apesar do impacto inicial. Pensei que seria moleza. Inocente! hahahaha

Na terça ficamos os 3 no hospital, super tranquilos. Mas eu não conseguia fazer bambino mamar no seio direito, então estava sentindo um pouco de incomodo no esquerdo. Sorte que o garoto dormia muito, eu precisava acordá-lo para mamar. Com apenas 1 dia de vida eu já estava achando que tinha parido o mais calmo dos bebês. Inocente 2 hahahaha.

Aí chegou a madrugada de terça para quarta e o bicho pegou! Estávamos mais um vez somente nós dois, e eu não conseguia que ele pegasse o seio, agora nem o esquerdo! E Ele chorava como se não houvesse amanhã ou como se eu estivesse batendo. 
Então chamei a enfermeira para me ajudar. Até nesse momento eu estava relativamente calma. A enfermeira me ajudou a colocá-lo no peito. Ele deu 3 boas sugadas, então a enfermeira nos deixou a sós. Foi só ela fechar a porta ele perdeu o bico e começou a chorar e eu comecei a ficar nervosa. Se calma eu já não estava conseguindo que ele pegasse, imagina nervosa.
Depois de mais uns 40 minutos de tentativas chamei a enfermeira e ao abrir a porta o que ela me disse?! "DE NOVO!" As 4 da matina ninguém quer ser incomodada por duas vezes seguidas, não é mesmo?! Mal preparada define, infelizmente.

Ela então me disse que levaria Gianlucca para o berçário,para dar fórmula e eu em prantos aceitei. Liguei para o meu marido soluçando, e ele ficou desesperado.
Outra enfermeira veio me trazer o pequeno e me instruiu a comprar uma concha, assim o bico ficaria pronto para a pega, o que facilitaria esse começo de vida. Mas me alertou: não diga isso para a Fono quando ela vier te visitar. Também me mostrou a posição em que o bebê fica sentado, nessa posição finalmente eu conseguir dar o peito direito para Gianlucca.

Na manhã da quarta-feira, antes da minha alta, a Fono realmente passou e me deu instruções sobre o amamentar. Eu acho que foi tardio, deveria passar antes, mas pelo menos passou. Fomos para casa, mas eu não estava feliz, algo não estava bom. 
Na quarta no começo da noite estava na sala amamentando no seio direito na posição sentado quando comecei a passar mal. Dei o Gianlucca para o Rodrigo e sai um pouco tomar uma brisa, no quintal mesmo. Eu sentia como se fosse vomitar, uma tontura, não conseguia respirar. Devagar isso foi passando e quando eu melhorei voltei a amamentar. Então bambino começou a engolir, engolir e engolir. Quando tirei o peito da boca dele jorrava leite. Finalmente meu leite havia descido.

Eu ainda usei a concha por um mês, até me sentir segura na pega. Depois não precisou mais. Mas usava até quando dormia, para que o bico estivesse pronto sempre que precisasse.

Gianlucca mamou muito, de hora em hora. Eu que nos primeiros 15 dias precisava acordá-lo para mamar, depois que ele "acordou" pra vida, não me deixava quieta. Tudo o que eu fazia era amamentar e trocar fralda. Nem o dente dava tempo de escovar. E como era gostoso viver em pró da amamentação.

Eu amamentava em público, inclusive na igreja, e não me importava com isso. Há tanta besteira na TV, na rua que implicar com amamentação pra mim não tem sentido. Não tive vergonha, mas meu marido não gostava muito não. Paciência! 

Mamou até os 8 meses. Tive que parar devido um problema de saúde e o medicamento era muito forte. Pouco pra mim. Se houver segundo round aqui em casa, pretendo deixar mamar até o peito cair no chão.

Minha reflexão sobre amamentar: É um ato de amor. O início não é glamour, como se mostra por aí. É preciso insistir por um bem maior. Passado a dificuldade inicial, aí sim vira uma delícia. Mas se você não estiver empenhada nisso é muito fácil desistir. 
Informação é o que há! E preparação também! Eu poderia ter iniciado a preparação do mamilo bem antes, o que me facilitaria a vida no começo da vida do Gianlucca. 
Saldo da experiência é positivo! Eu super recomendo, é uma questão de saúde.

Estamos em reforma em casa e tudo está fora do lugar. Não achei meu pen drive com as fotos de quando ele mamava. Uma pena!

2 comentários:

  1. Maira, gosto muito de lê as tuas publicações. Elas me transportam para a cena do que está sendo descrito... é um leitura muito prazerosa!!!! Espero consegui amamentar meu pequeno também por um bom tempo... acho mesmo que amentar é um ato de amor e que isso fortalece ainda mais o vínculo mamãe-bebê. Bjos!!!!!

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    1. Oi Lyanna. Nossa fico feliz em saber que consigo na escrita me expressar bem. Escrevo mesmo com o coração, e me empolgo que as vezes sai errado ahahahaha!
      Eu dou total inventivo pra que você amamente seus dois pequenos!! Conte comigo, mesmo distante. Bjs

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